Daniel Craig, o icônico ator britânico conhecido por seu papel como James Bond, está em uma nova fase de sua carreira ao estrelar o filme “Queer”, que chegou aos cinemas no dia 12 de dezembro de 2024. Com 56 anos, Craig se despediu do agente secreto em 2022 e agora se apresenta em um papel inovador que desafia os padrões tradicionais de masculinidade. No filme, ele interpreta um personagem complexo, lidando com questões como a sexualidade e o vício em drogas, em um enredo que se passa na Cidade do México durante a década de 1950.
Em uma entrevista à CNN, Craig falou sobre sua nova abordagem, afirmando: “Passei dessa fase” em relação a se preocupar com rótulos de identidade, como ser rotulado como ‘queer’. O ator expressou sua liberdade criativa ao abordar temas que antes não eram possíveis para ele enquanto interpretava James Bond. Ele destacou que as cenas de sexo gay e nudez em “Queer” são essenciais para a narrativa e foram muito divertidas de filmar.
“Queer” é baseado no romance homônimo de William S. Burroughs, um dos principais autores do movimento beat, e apresenta um William Lee que, além de sua luta contra a dependência química, embarca em uma jornada de autodescoberta sexual, ao se envolver com o jovem Eugene, interpretado por Drew Starkey. O filme já recebeu elogios significativos, especialmente pela atuação de Craig, que pode conduzi-lo a sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator.
Craig também comentou sobre a possibilidade de reconhecimento no Oscar, afirmando que isso seria apenas a ‘cereja no topo’ de um trabalho que ele ama e pelo qual se sente privilegiado. O elenco de “Queer” também inclui o cantor Omar Apollo e o ator brasileiro Henry Zaga, o que acrescenta diversidade ao filme.
A estreia no Festival de Veneza rendeu a Craig muitos elogios e a expectativa é que sua performance seja lembrada durante a temporada de premiações. “Queer” não é apenas um filme; é uma representação significativa da luta e da expressão da comunidade LGBT, abordando temas como aceitação e identidade em um contexto que ainda é raramente explorado na grande tela.