Daniel Craig, famoso por seu papel como James Bond, não hesita em explorar novas fronteiras em sua carreira. Recentemente, ele foi indicado a um Globo de Ouro por sua atuação em ‘Queer’, uma adaptação da obra de William S. Burroughs, que retrata um romance entre William Lee, um escritor homossexual e dependente de heroína, e Eugene Allerton, ambientado no México dos anos 50. O filme, dirigido por Luca Guadagnino, é descrito como ‘a película mais gigantescamente gay da história’. Craig compartilha que a intenção do filme é representar a vida emocional e sexual de seus personagens de forma autêntica, destacando que as sequências sexuais são apenas uma parte da narrativa, que explora o desejo humano em sua essência.
Ao longo de sua carreira, Craig sentiu que interpretar papéis como o de William Lee teria sido complicado durante seu tempo como James Bond, devido à natureza icônica e heteronormativa do personagem. Ele reflete sobre como a percepção de suas escolhas de atuação poderia ser mal interpretada como uma tentativa de enviar mensagens contrárias ao seu papel anterior. Com mais de uma década na pele do agente 007, ele busca agora uma evolução em sua carreira, explorando personagens que desafiam normas e estereótipos.
Além disso, Craig expressa seu desejo de continuar a criar trabalhos que promovam debates e questões relevantes, sem se preocupar excessivamente com o legado deixado por sua interpretação de Bond. Ele se mostra otimista em relação a futuras colaborações, incluindo uma possível adaptação de um personagem da DC Comics, e se diz admirador do trabalho de Guadagnino, que sempre busca inovar em suas abordagens cinematográficas.
O ator também discute a importância da cultura e da arte, lamentando a falta de investimentos adequados por parte dos governos na área cultural, que considera essencial para a identidade de um país. Craig enfatiza que a cultura é o que nos une e nos define, independentemente das divisões políticas atuais, como o Brexit, e que a arte deve ser uma prioridade. Essa conversa sobre a cultura se entrelaça com a temática de ‘Queer’, que não apenas apresenta um romance, mas também um retrato da luta e do desejo da comunidade LGBT, algo que ressoa fortemente na atualidade, especialmente em um mundo que ainda enfrenta desafios de aceitação e diversidade.
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