A jogadora de tênis Daria Kasatkina, que se destacou como uma das principais atletas da Rússia, recentemente compartilhou uma grande conquista: ela foi aprovada para a residência permanente na Austrália, após ter deixado seu país natal em busca de liberdade e aceitação. Em uma emocionante postagem no Instagram, Kasatkina expressou sua felicidade ao anunciar que sua solicitação foi aceita pelo governo australiano. “Estou muito feliz por informar que meu pedido de residência permanente foi aceito”, declarou.
Kasatkina, que é abertamente gay, fugiu da Rússia em 2022, um país que se tornou cada vez mais hostil em relação à comunidade LGBTQ+, especialmente após a introdução de leis anti-LGBTQ+ desde 2013. Em suas declarações, a tenista refletiu sobre as dificuldades enfrentadas e a necessidade de se afastar de um ambiente opressivo. Ela destacou que “obviamente, há partes dessa decisão que não foram fáceis”, mas que sempre terá respeito e apreciação por suas raízes.
A atleta agora competirá sob a bandeira australiana, e a Tennis Australia deu as boas-vindas a Kasatkina, que atualmente ocupa a 12ª posição no ranking mundial. “Daria agora competirá como australiana e desejamos a ela toda a sorte em seus próximos torneios”, afirmou a federação.
Kasatkina já está se preparando para sua primeira competição representando seu novo país, que será no Charleston Open, na Carolina do Sul, onde já venceu sua primeira partida com um impressionante 6-1, 6-1 contra a americana Lauren Davis. A atleta comentou sobre a situação em seu país natal, mencionando que, com o que acontece atualmente na Rússia, “nunca será aceitável” para a comunidade LGBTQ+ demonstrar afeto em público, como andar de mãos dadas.
“Viver no armário é a coisa mais difícil. É impossível”, desabafou Kasatkina, que se tornou um símbolo de resistência e esperança para muitas pessoas LGBTQ+ ao redor do mundo. Com sua nova vida na Austrália, ela encontrou um lugar que considera acolhedor e onde se sente em casa. Essa nova fase não só representa um novo capítulo em sua carreira esportiva, mas também uma luta contínua pela aceitação e direitos da comunidade LGBTQ+.
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