Tornou-se algo comum enviar nudes para outras pessoas hoje em dia. Na realidade, é algo praticamente obrigatório, uma espécie de pré-liminar para saber se vale a pena transpassar o virtual para o real. O problema, entretanto, consiste quando o relacionamento acaba e uma das partes, magoada pela decisão, resolve expor seu ex-parceiro como vingança, publicando fotos ou vídeos com conotação sexual na web. Casos como esse são mais comuns do que se imagina e de acordo com um estudo da RMIT University and Monash University, na Austrália, gays, lésbicas e bissexuais são comumente as principais vítimas do pornô de vingança, que seria a divulgação de conteúdo erótico contendo sua imagem sem o consentimento. Ou mesmo, sofrem ameaças em função desse tipo de material. Os pesquisadores ouviram 4.274 pessoas com idade entre 16 e 49 anos, sendo 88% heterossexuais e 12% LGBTs. Desse total, embora seja uma ampla minoria, os que se identificam como LGBT, 36% afirmam já terem sido vítimas de alguma forma do pornô de vingança. Entre os heterossexuais, apenas 21% dizem ter passado por algo do tipo. Ao site “Mashable”, Nicola Henry, pesquisador líder desse estudo, disse que esse número é bem maior, entretanto, muitas pessoas não têm conhecimento de que foram vítimas desse crime. Ainda, o estudo concluiu que os homens são os principais disseminadores desse tipo de abuso, agindo dessa forma em 54% das ocasiões.