Desde seu lançamento, em março, a produção original da NetFlix, 13 Reasons Why, tem causado controvérsia por suscitar o debate sobre o suicídio entre os jovens. Mas que isso, a série foi alvo de polêmica por se debruçar durante treze capítulos sobre os "13 por quês" que levaram a personagem Hannah Baker a atentar contra sua própria vida; e, ainda, a cena fatídica do suicídio ter durado três minutos, podendo, assim, fornecer ideias à outras pessoas sobre técnicas de como se matar.
De acordo com um grupo de pesquisadores norte-americanos, desde a estreia da série na plataforma de streamings, no dia 31 de março, aumentaram o número de pesquisas na internet sobre o tema. Os estudiosos analisaram as buscas feitos por americanos entre os dias 31 de março e 18 de abril, véspera do suicídio do jogador de futebol americano Aaron Hernandez, com palavras-chave sobre o assunto.
Foram consultados 20 termos e expressões associadas ao suicídio: "como se matar", "ideação suicida", "prevenção do suicídio", "suicídio indolor", entre outros, e notou-se um aumento nas buscas relacionadas a esse tema de até 19%, com as buscas chegando a mais de 1,5 milhão, de acordo com o epidemiologista que liderou o estudo, John Ayers.
A expressão "como cometer suicídio" teve um aumento de 26% nas buscas. Foram apresentados também crescimento na pesquisa por termos como "pensamentos suicidas" e "citações sobre suicídio". As expressões "cometer suicídio" e "como se matar" aumentaram 18 e 19%, respectivamente, no período. Ainda segundo o estudo, a procura por termos ligados à prevenção, como telefones de centros de valorização da vida, também registrou aumento de cerca de 20%.
Contudo, à revista Época, Ayres se mostrou preocupado com produções do tipo, cujo alcance é gigantesco. Para ele, "quanto mais alguém contempla a ideia de suicídio, maior é a possibilidade de que a coloque em prática".
Com informações da revista Época