Helcio Beuclair, um ativista LGBT de 35 anos, compartilha sua inspiradora jornada de autodescoberta e acolhimento em São Paulo, onde chegou em 2009 em busca de liberdade e aceitação. Crescendo em uma família conservadora do sul da Bahia, Helcio enfrentou uma intensa luta interna devido à sua bissexualidade, sentindo-se culpado por amar homens. Ele vivia com medo do preconceito e da violência, especialmente de autoridades que hostilizavam casais gays em sua cidade natal.
Ao chegar a São Paulo, Helcio teve um momento decisivo que mudaria sua vida: ao ver um casal gay se beijando na rua, com uma viatura da Polícia Militar passando sem reação, sentiu que finalmente poderia ser ele mesmo. Essa imagem se tornou um símbolo de esperança e liberdade que ele nunca imaginou ser possível. Em São Paulo, ele encontrou não apenas um espaço para viver sua sexualidade abertamente, mas também uma comunidade vibrante e acolhedora.
Apesar das dificuldades, como a experiência de ter que viver nas ruas quando o dinheiro faltou, Helcio se apaixonou pela cidade e por seu povo. Ele fundou o Coletivo Arouchianos em 2016, um projeto que ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade, promove o respeito à diversidade e luta por políticas públicas para a comunidade LGBTQIAPN+. O coletivo leva o nome do Largo do Arouche, um bairro conhecido por sua histórica ocupação LGBT.
Helcio acredita que São Paulo é uma ‘ilha de esperança’ para a comunidade LGBT, repleta de diversidade cultural e oportunidades de luta pelos direitos. Ele reconhece que, embora existam desafios, a liberdade de ser quem se é faz com que as dores sejam menores. A história de Helcio é um poderoso lembrete da importância da aceitação e do amor, especialmente em um país onde a homofobia e a transfobia ainda são realidades alarmantes. Ele inspira outros a lutar por um mundo onde todos possam viver e amar livremente.
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