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De nanica a gigante: A maior vitória de Luciana Genro nas eleições de 2014

Em 2014, Luciana Genro candidatou-se pela primeira vez ao cargo de presidente do Brasil e, mesmo em um partido considerado "nanico", o PSOL, conseguiu fazer história ao dar luz à causa LGBT – formada por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

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Eduardo Jorge (PV) e Zé Maria (PSTU) também se manifestaram a favor e merecem palmas, mas é preciso ressaltar que foi Luciana que, pela primeira vez, falou sobre o problema da homofobia e da transfobia (sim, ela utilizou os dois termos) em um debate eleitoral na televisão.

"A falta de educação a respeito desses temas nas escolas faz falta. Essa governabilidade que a presidente Dilma construiu é péssima para o Brasil. Homofobia e transfobia matam. Um membro da comunidade LGBT é assassinado por dia por causa do preconceito", disse.

Após as suas interferências, a pauta LGBT esteve presente como nunca em um debate presidenciável. A luz em 2014 foi tamanha que até então favoritas,  Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT), tiveram que correr atrás para falar a respeito – nas entrevistas, programas de governo e cobranças dos eleitores.

Marina incluiu em seu plano de governo a pauta LGBT – depois foi alfinetada pelo pastor Silas Malafaia, voltou atrás, mudou alguns termos e manteve várias propostas. Dilma, pela primeira vez, em quatro anos de mandato, manifestou ser a favor da criminalização da homofobia – um compromisso apenas verbal. Já Aécio Neves (PSDB) fez o dever de casa e incluiu as propostas.

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Foi Luciana quem tirou a fórceps o discurso homofóbico de Levy Fidelix (PRTB) – que chocou o Brasil. Foi ela que também questionou responsabilidade da bancada fundamentalista, em pergunta ao Pastor Everaldo (PSC) – a quem ela não chama de pastor, para não "misturar política com religião" – sobre os assassinatos de homossexuais e pessoas trans. Ele negou, mas o recado foi dado ao vivo. 

Em seu último discurso, disse que a bandeira LGBT é uma das mais importantes para uma civilização realmente digna no país. 

A maior vitória foi deixada para o fim. Luciana, que até então aparecia atrás de Pastor Everaldo nas pesquisas, com 1%, superou os adversários que disseminaram preconceito na TV e foi a única dos "naninos" a ter mais de 1 milhão de votos. Ela conquistou 1.612.186 votos, ou seja, 1,55%, e obteve mais que os dois juntos. Everaldo teve 780.505 e Levy 446.878.

Sendo assim, por esta ótica e pelo serviço de estreia, Luciana é uma vitoriosa na corrida presidencial. E, de nanica, passou a uma gigante no combate ao preconceito. Obrigado! 

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