Pete Buttigieg é o único pré-candidato gay do Partido Democrata às eleições presidenciais a acontecerem em novembro deste ano. Entretanto, o fato de ex-prefeito de South Bend, Indiana, ser gay é insuficiente para conquistar o voto da população LGBT dos Estados Unidos.
Nas últimas semanas, anda circulando pelo noticiário internacional que ativistas têm protestado em eventos de campanha de Buttigieg, confrontando o candidato.
Nach Guardian, em recente evento para levantar fundos em São Francisco – cidade icônica do ativismo LGBT nos EUA -, ativistas protestaram tanto do lado de dentro quanto de fora do comício, acusando Buttgieg de ter propostas socioeconômicas elitistas.
“É difícil de apoiá-lo quando as falas dele estão são tão ‘meio do caminho’ e se dirigem principalmente ao público branco e de classe média alta”, disse ao jornal britânico a ativista Celi Tamayo-Lee.
“Nós merecemos coisa melhor”, disse outra ativista, Adiel Pollydore. “As pessoas que interromperam o evento são todas LGBT e não brancas. Nós podemos desejar que o candidato gay fazer o melhor pelas comunidades queer e não brancas. Não há nada de homofóbico nisso”, contou, respondendo a comentários de apoiadores de Buttigieg que chamaram os ativistas de “homofóbicos”.
Segundo pesquisas, o pré-candidato de fato tem tido dificuldade de atrair uniformemente os votos dos LGBT americanos. Os eleitores do ex-prefeito South Bend são, majoritariamente, conservadores, de meia idade ou idosos, e pessoas cujos ganhos anuais chegam a US$ 100 mil ou mais.
Aparentemente, os LGBT americanos estão exigindo não apenas atenção às pautas do movimento, mas também um olhar especial à desigualdade socioeconômica.
Buttgieg venceu as primárias em Iowa, mas perdeu as seguintes, em New Hampshire, para Bernie Sanders – o candidato socialista que mais tem atraído o voto LGBT.
Ambos são os principais candidatos dos Democratas à oportunidade de enfrentar Donald Trump nas urbnas em novembro.
