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Debaixo de muito sol, Guarulhos realiza a sua 3ª Parada do orgulho LGBT

Domingo (30/11) a cidade de Guarulhos celebrou a sua 3ª Parada do Orgulho LGBT com o título "Homofobia Mata – Pela aprovação do PLC 122". Organizada pela Ong Mel (Movimento em Defesa da Livre Orientação Sexual), a concentração estava marcada para as 14h, mas no horário cerca de 200 pessoas estavam no local. Os presentes encaravam um sol pra lá de quente, as poucas sombras que existiam eram disputadas a cada centímetro.

Motoristas e passageiros, que passavam em carros, ônibus e lotações na Avenida Tancredo Neves, ponto de encontro da parada de Guarulhos, olhavam para os manifestantes esboaçando surpresa, outros, mais engraçadinhos, mexiam com as travestis. Alguns passavam disparando ofensas. A momento "alto" da concentração foi quando torcedores do time São Paulo, ergueram a bandeira do clube de dentro de um carro e saudaram os presentes. A reciprocidade dos participantes foi quase maciça.

Com uma hora e meia de atraso, o carro oficial da parada chegou às 15h30, a travesti Fiory comandava o microfone e chamava todos para seguirem o carro. "Vamos gente! Iniciar mais uma parada GLSBT[sic] de Guarulhos". Os presentes começaram a se reunir atrás do carro. Foi dado o início da parada. Porém, antes da saída oficial, o carro principal fez com que a parada se atrasasse ainda mais. Com capacidade para 15 pessoas, o trio carregava 21. Algumas pessoas não queriam descer, só o fizeram quando o povo começou a entornar, "desce, desce, desce". Desceram e o trajeto se iniciou. Segundo a organização, cerca de 6.000 passaram pela manifestação.

Contra a homofobia
Genivaldo Espindola, do grupo MEL, foi o primeiro a falar e ressaltou a importância das paradas em quanto instrumento para pressionar o senado a aprovar o PLC 122 e também a lei municipal de Guarulhos que cria o Dia municipal do Orgulho Gay. Em seguida, falaram os vereadores Zé Luis e Alencar, (ambos do PT).  Os dois foram levar o apoio da prefeitura à parada e também ressaltaram a importância dos LGBT ficarem atentos em quem votam e a respeito do PLC 122.

Poucos minutos após o inicio do trajeto houve tumulto gritaria. Um jovem foi agredido, no momento todo mundo falava em homofobia e que três caras em um carro o agrediram. Uma amiga do rapaz disse que ele "estava conversando com duas meninas lésbicas e do nada veio um cara e bateu nele", ela ainda explica que o menino estava bêbado e também por isso foi levado para o hospital. Genivaldo, um dos organizadores, negou que tenha sido homofobia e que se tratou de "uma briga entre gays mesmo, fomos visitar a vitima no hospital e ele já passa bem".

Quem animou boa parte da parada de Guarulhos foi a drag queen Dimmy Kieer. Animada ela interpretava as suas música e mexia com o público. Em dado momento, um rapaz mostrava a bunda para os carros que passavam na rodovia Dutra. Com bom humor ela chamou a atenção. "Oh, engraçadinho, guarda esse edi sofrido, você não quer respeito? Então se dê o respeito bicha. É por isso que estamos aqui".

Por volta das 19h, a parada gay chegou ao fim, em frente ao ginásio esportivo do Parque Cecap, com uma polêmica entre os presentes. Para assistirem aos shows de drags que ocorreram no local foi cobrada a quantia de R$10, que seria revertida para a ong Mel. "O problema é que não avisaram as pessoas antecipadamente", diz o professor Sidney Feitosa, de 25 anos. "Nunca vi uma parada que terminasse com estratégia comercial", analisa.

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