Recentemente, a integrante do grupo de K-pop aespa, Winter, gerou um intenso debate entre os fãs ao compartilhar uma versão da canção ‘Touch Me’, da artista Victoria Monét. A música, que se destaca por suas letras explícitas sobre intimidade sexual entre mulheres, apresenta trechos como “Estou apaixonada pelos seus dedos” e “Toque-me, sinta-me”. O vídeo da performance de Winter já acumulou mais de meio milhão de curtidas no Instagram, mostrando o impacto de sua interpretação.
Victoria Monét, ao comentar sobre a canção em uma entrevista para a Apple Music, enfatizou a importância de expressar desejos queer de forma direta e sem pudores. Ela destacou que ‘Touch Me’ é uma das poucas músicas que utiliza pronomes femininos, afirmando: “É fundamental que a música reflita isso. Muitas vezes, podemos adaptar músicas para nós, mas elas não expressam diretamente que são sobre mulheres.”
Enquanto muitos fãs ficaram entusiasmados com a escolha de Winter, celebrando a representação de relacionamentos lésbicos e sáficos na música pop, outros questionaram se a artista realmente compreendia o contexto da letra. Alguns sugeriram que Winter escolheu a canção apenas pela melodia, desconsiderando seu significado mais profundo.
Este debate reacendeu um tema semelhante que surgiu no ano passado, quando Karina, outra integrante do aespa, também enfrentou críticas por compartilhar a canção ‘Lunch’, de Billie Eilish, que também aborda a sexualidade entre mulheres. Tal discussão levanta questões sobre a percepção e compreensão de ídolos de K-pop em relação ao conteúdo LGBTQ+.
Em resposta às críticas, muitos fãs defendem Winter, argumentando que a ideia de que ela não entende as letras é carregada de preconceitos raciais, já que frequentemente subestimam a capacidade dos ídolos de se familiarizarem com conteúdo LGBTQ+. Além disso, Winter já havia afirmado em uma interação com fãs que verifica as letras das músicas antes de recomendá-las, mostrando seu comprometimento em oferecer um conteúdo apropriado.
Este episódio destaca a crescente visibilidade e representação da comunidade LGBTQ+ na música pop, além de ressaltar a necessidade de um diálogo mais aberto e respeitoso sobre a compreensão e interpretação das letras por parte dos artistas que as interpretam.
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