A comunidade LGBTQ+ de Texas A&M University enfrenta um desafio significativo após a decisão do Conselho de Regentes de proibir apresentações de drag em todo o sistema universitário. No dia 28 de fevereiro, essa resolução foi aprovada, afetando diretamente o evento anual Draggieland, que é organizado pelo Queer Empowerment Council (QEC). O impacto dessa decisão gerou uma onda de reações em todo o estado, com organizações como a GLAAD e a ACLU do Texas emitindo declarações de apoio ao evento e condenando a decisão dos regentes.
Faith, conhecido como Sir Loin Long, um drag king que se apresentou no Draggieland, expressou sua indignação: “A decisão dos regentes é um total absurdo. Eles permitiram que um neo-nazista falasse no campus, mas agora estão atacando a comunidade queer?” Ele destacou que a arte do drag é uma forma de resistência e autoexpressão dentro da comunidade LGBTQ+.
Marco Martinez, secretário do Pride Community Center do Brazos Valley, compartilhou que a resolução tem um efeito paralisante sobre a comunidade local. “Estamos desanimados ao ver a Texas A&M e seus regentes usando uma forma de arte queer para vilanizar nossa comunidade, baseados em medos e desinformação infundados.”
Além disso, a Pride Community Center começou a planejar workshops e assistência legal para aqueles que podem ser afetados pela nova legislação que visa restringir direitos de casamento para casais LGBTQ+. Martinez enfatizou que o drag é um símbolo de resiliência da comunidade queer e que a luta pela liberdade de expressão deve continuar.
O QEC organizou um protesto chamado “Dia do Drag” para esta quinta-feira, e a Fundação para os Direitos Individuais e a Expressão (FIRE) está apoiando o grupo em um processo federal contra a universidade, buscando interromper a proibição.
“A resistência da comunidade queer é inegável”, afirmou Risch, uma ex-organizadora do Draggieland. “Você pode tentar nos calar, mas estamos aqui para ficar. A luta continua até que sejamos tratados como seres humanos.”
A situação atual ressalta a importância do apoio contínuo e da visibilidade para a comunidade LGBTQ+, especialmente em tempos de crescente hostilidade e desinformação. A arte drag não é apenas uma forma de entretenimento, mas uma expressão vital de identidade e luta por direitos dentro da sociedade contemporânea.
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