O Tribunal Superior de Justiça de Ontário condenou um blogueiro de Thunder Bay a pagar 380 mil dólares canadenses em danos por difamação, após ele ter publicado no Facebook, em 2022, acusações infundadas de que artistas drag estavam ‘preparando’ crianças. A decisão, proferida pela juíza Helen M. Pierce, foi baseada em dois casos relacionados de difamação, que foram discutidos no tribunal em uma sessão virtual no dia 31 de janeiro. As postagens do blogueiro, Brian Webster, foram feitas em uma página que não está mais ativa e incluíam referências a eventos drag que foram cancelados devido a chamadas de prank, além de alegações falsas de que drag queens locais haviam sido acusadas de pornografia infantil.
A juíza caracterizou o comportamento de Webster como o de um “comum agressor”, destacando um padrão de conduta homofóbica e transfóbica em suas publicações. Os demandantes deste processo incluem a organização Rainbow Alliance Dryden e os artistas drag Caitlin Hartlen, Felicia Crichton e John-Marcel Forget, que expressaram alívio e emoção com o resultado do julgamento. Forget, que atua como Lady Fantasia LaPremiere, comentou sobre a importância da decisão para ajudar outros a se defenderem de ataques e mentiras, especialmente em um momento em que a comunidade 2SLGBTQIA+ enfrenta crescente hostilidade política.
O advogado Douglas Judson, representante dos demandantes e diretor do Borderland Pride, descreveu a decisão como um marco importante para a proteção das minorias vulneráveis. Ele ressaltou que a retórica de “groomer” tem sido historicamente utilizada como um insulto contra pessoas da comunidade LGBTQIA+, e a difamação que implica em impropriedade sexual é inaceitável. Judson espera que esse veredicto sirva como um aviso para aqueles que disseminam ódio e desinformação nas redes sociais, reafirmando que todos podem ser responsabilizados por suas ações online.
Forget também compartilhou sua luta pessoal contra o bullying ao longo de sua vida e encorajou outros membros da comunidade 2SLGBTQIA+ a saberem que não estão sozinhos em suas batalhas. “Existem pessoas lutando pelo seu direito de viver e amar como desejam”, afirmou, reafirmando a importância da solidariedade e da resistência contra a discriminação.
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