Um juiz federal determinou que a cidade de Prattville, no Alabama, deve permitir a participação de um grupo de orgulho LGBTQ+ no desfile de Natal da cidade, após o prefeito ter inicialmente barrado a inclusão, citando preocupações de “segurança” não especificadas. O juiz R. Austin Huffaker Jr. decidiu que a cidade violou os direitos de liberdade de expressão e proteção igual garantidos pela Constituição ao proibir o grupo de participar do evento, que aconteceria um dia depois da decisão judicial.
O juiz destacou que a decisão da cidade estava baseada apenas na suposição de que alguns cidadãos que se opõem ao orgulho LGBTQ+ poderiam reagir de forma perturbadora. Huffaker enfatizou que a discriminação baseada no conteúdo da mensagem não pode ser tolerada sob a Primeira Emenda.
Além disso, ele ordenou que a cidade fornecesse pelo menos dois policiais para escoltar o float do grupo durante o desfile. Em resposta à decisão, o prefeito Bill Gillespie Jr. havia liberado uma declaração que novamente impedia a participação do grupo, mencionando “sérias preocupações com a segurança”.
A decisão judicial observou que, antes do evento, alguns moradores já haviam expressado forte oposição à inclusão do grupo, mas que a cidade não apresentou evidências concretas de ameaças reais de violência física. O escritório de Gillespie se posicionou, afirmando que respeitam a decisão do tribunal e que a segurança de todos os envolvidos no desfile é uma prioridade.
O grupo Prattville Pride celebrou a decisão favorável e expressou sua empolgação nas redes sociais, afirmando: “O desfile de Natal é uma tradição importante que queremos celebrar com nossos vizinhos e amigos, promovendo amor, alegria e união”. Prattville é uma pequena cidade com cerca de 40 mil habitantes, localizada ao norte da capital do Alabama, Montgomery.
