Em um desfecho positivo para o The 1975, um juiz da Malásia decidiu que a banda não será responsabilizada pelas perdas financeiras de até US$ 2,4 milhões que ocorreram após o show da banda no Good Vibes Festival em 2023. O incidente que gerou a controvérsia foi um beijo entre o vocalista Matty Healy e o baixista Ross MacDonald, que desafiou as rígidas leis conservadoras do país, onde a homossexualidade é criminalizada e pode resultar em penas de até 20 anos de prisão.
O desejo da organizadora do festival, Future Sound Asia (FSA), de processar a banda por danos foi considerado por William Hansen, advogado da FSA, como infundado, afirmando que não havia justificativa legal para levar o caso a julgamento. O advogado da banda, Edmund Cullen KC, defendeu que a responsabilidade deveria recair sobre a empresa que assinou o contrato, e não sobre os integrantes individualmente.
Durante o show, Healy expressou seu descontentamento com a situação, sublinhando a hipocrisia de convidar uma banda como o The 1975 para se apresentar em um país onde a liberdade de expressão e a diversidade sexual são severamente reprimidas. Ele enfatizou que não se deve impor restrições sobre a vida pessoal dos artistas, especialmente em um ambiente que deveria celebrar a música e a inclusão.
Esse caso expõe uma tensão crescente entre a liberdade artística e as normas culturais conservadoras, especialmente em países onde os direitos da comunidade LGBTQIA+ ainda são limitados. O incidente também destaca a importância do ativismo por meio da música, onde artistas podem ser vozes poderosas em favor da aceitação e da diversidade. O público, especialmente a comunidade LGBTQIA+, continua a apoiar artistas que ousam se manifestar contra a opressão e lutar por um mundo mais inclusivo e justo.
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