No dia 14 de fevereiro de 2025, o Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos tomou a controversa decisão de remover menções a pessoas trans e ao termo ‘queer’ do site do Monumento Nacional Stonewall, local que marca o início do movimento pelos direitos LGBT há 55 anos. Essa alteração gerou protestos em Nova York, onde manifestantes se reuniram em frente ao monumento, expressando que a remoção de palavras não apaga a existência e os direitos das comunidades trans e não-binárias. Segundo Samy Nemir Olivares, um dos manifestantes que se identifica como não-binário, “não podemos ser apagados ao remover palavras de um site”. O site agora se refere a LGB, excluindo o T que representa os transgêneros.
O levante de Stonewall, ocorrido em 28 de junho de 1969, foi um marco na luta pelos direitos LGB, que começou após uma rotina de abordagem policial em um bar gay. A resistência dos frequentadores do bar atraiu atenção nacional e culminou em um movimento que buscava direitos civis para a comunidade LGBT. O monumento, que foi designado como tal em 2016 pelo então presidente Barack Obama, representa um ponto crucial na história dos direitos LGBT nos Estados Unidos.
Líderes da comunidade trans, como Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, foram fundamentais na luta pelos direitos LGBT, e muitos defendem que o movimento de orgulho que conhecemos hoje não existiria sem suas contribuições. Stacy Lentz, co-proprietária do Stonewall Inn, enfatizou em uma postagem no Instagram que “não há orgulho sem os trans liderando essa luta”. A governadora de Nova York, Kathy Hochul, também se manifestou contra a remoção, chamando a mudança de “cruel e mesquinha”, reforçando que as pessoas trans desempenham um papel crítico na luta pelos direitos LGBT.
Embora algumas referências à comunidade trans ainda permaneçam no site, ativistas e defensores da justiça social asseguram que a luta por reconhecimento e igualdade continua firme, e que a história e as contribuições da comunidade trans não podem ser apagadas, independentemente das ações do governo. A comunidade e seus aliados estão determinados a restaurar a inclusão e a representação das vozes trans na narrativa dos direitos LGBT e do orgulho que emergiu do Stonewall.
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