O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou na última quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025, a proibição de tratamentos hormonais e cirurgias de troca de gênero para menores de idade. Essa decisão visa, segundo o porta-voz da presidência, Manuel Ardoni, proteger a saúde mental das crianças. Além disso, Milei pretende restringir o acesso de mulheres trans em prisões femininas, determinando que as presidiárias sejam alocadas conforme o gênero registrado no momento da condenação. Isso significa que mulheres trans que cometeram crimes sexuais ou de violência não poderão ser alojadas em prisões femininas.
Essas medidas geraram um forte descontentamento na sociedade, levando a protestos em massa em Buenos Aires, onde milhares de argentinos se manifestaram a favor dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Os protestos ocorreram em resposta às declarações de Milei no Fórum Econômico Mundial, onde ele criticou a diversidade, a inclusão e o feminismo, associando a “agenda woke” a um câncer social.
A influência do discurso de Milei também é notável na política dos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump já havia tentado implementar ações semelhantes, como a transferência de mulheres trans de prisões femininas para masculinas, uma proposta que encontrou resistência judicial. As declarações e ações de Milei refletem um retrocesso nos direitos LGBTQIA+, preocupando defensores e ativistas que lutam pela inclusão e pela igualdade de gênero. O cenário na Argentina, portanto, se torna um campo de batalha para os direitos da comunidade LGBTQIA+, enquanto a pressão por igualdade e respeito continua a crescer.
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