Destaque no programa The Voice Brasil, a cantora Deena Love minimizou os comentários de que ela estaria rompendo tabus dentro da TV Globo por ser a primeira drag queen na competição. Para Deena, parece que o Brasil encaretou.
+ Revista se referir a Deena Love com termo transfóbico
"Não estou quebrando tabu nenhum. Esses tabus foram quebrados há 30 anos, pelo Ney Matogrosso, pela Rogéria, pela Isabelita dos Patins e pelos Dzi Croquettes. Eles fizeram isso nos anos 70", declarou em entrevista à revista Quem.
Segundo Deena, o grande problema é as pessoas não enxergarem tais manifestações com naturalidade e tentar reavivar tabus. "Parece que o mundo está encaretando outra vez. Nos anos 80, havia show de transformismo no Chacrinha e as crianças amavam a Vovó Mafalda, que era a maior drag de todas", conta.
A artista revela que em 2008 começou a cantar profissionalmente e que foi durante uma temporada na Europa que se arriscou cantar como Deena. "É parte de mim, mas não sou ela 24h por dia. É uma expressão maior do Pedro".
+ Drag queen rouba a cena do reality show The Voice
Ao comentar as comparações com Conchita Wurst, a "cantora de barba" que venceu o Eurovision, Deena diz que austríaca, sim, quebrou tabus. "Ela escolheu usar um vestido bafônico e usar barba, e não liga se acham bonita, feia ou estranha. A única coisa que nos liga é a transgenia. Eu não trago nada de novo, eu resgato uma roupagem que já existia".
Ela finaliza com bom humor: "Ela é magra e eu sou gorda. Não caberíamos no mesmo vestido".