Ex-RuPaul’s Drag Race conta como quase morreu após procedimento e luta contra a autoaceitação
Deja Skye, estrela de RuPaul’s Drag Race, abriu o coração sobre um momento difícil de sua vida: a decisão de passar por uma cirurgia de emagrecimento em 2023 que quase lhe custou a vida.
Em busca de uma transformação, Deja viajou para o México para realizar uma lipoaspiração combinada com abdominoplastia. Porém, o que prometia ser um recomeço acabou se tornando uma provação dolorosa. Logo após o procedimento, ela sofreu complicações graves, incluindo coágulos sanguíneos que comprometeram sua mobilidade e a levaram a múltiplas internações hospitalares.
O lado oculto da cirurgia estética
No episódio de estreia da temporada All Stars de RuPaul’s Drag Race, exibido em 9 de maio, Deja confidenciou: “Meu corpo disse ‘não’. Foi uma experiência que quase me matou. Estar sozinha na cama do hospital, questionando por que fiz aquilo comigo mesma, foi o ponto mais sombrio que já vivi.”
Ela ressaltou que a decisão não veio de pressões externas: “Ninguém me disse que eu precisava perder peso. Foi algo que criei na minha cabeça, pensando se isso ajudaria na minha carreira ou na arte drag. Mas a verdade é que eu já tinha tudo isso antes.”
Reflexões sobre autoimagem e valorização
Apesar do emagrecimento visível, Deja revelou que o preço quase fatal a fez repensar suas escolhas: “Será que me arrependo? Sim. Perdi peso, mas quase morri naquela mesa. Isso me mostrou que as vozes na minha cabeça podem ser minhas piores inimigas, e quero melhorar isso daqui pra frente.”
Durante a competição, ela também compartilhou suas batalhas internas com a autoestima e o impacto das opiniões alheias: “Sempre sinto que não sou suficiente e não sei de onde vem isso. Não consigo me permitir ser feliz por mim mesma porque me importo demais com o que os outros pensam.”
Consequências físicas e emocionais
Em janeiro de 2024, a artista detalhou no Instagram os sintomas que a levaram a buscar atendimento emergencial: após a cirurgia, sua pele começou a amarelar, indicando problemas sérios. Ela precisou retornar ao hospital para transfusões de sangue e foi submetida a anticoagulantes para tratar os coágulos nas pernas e pulmões.
“Meu corpo passou por um trauma imenso. A recuperação é lenta e difícil, e eu não pensei nisso antes. Se soubesse como seria, jamais teria feito a cirurgia.”
Deja Skye hoje compartilha sua história para inspirar outras pessoas, especialmente da comunidade LGBTQIA+, a se amarem e valorizarem suas jornadas, sem ceder às pressões externas ou autocríticas destrutivas. Sua trajetória é um lembrete poderoso de que o mais importante é a saúde mental e emocional, muito além da aparência.