Sargento Gonçalves usa discurso de ódio para ganhar visibilidade, misturando política e preconceito
No cenário político brasileiro atual, onde as discussões profundas sobre políticas públicas e desigualdades sociais parecem ter sido substituídas por espetáculos midiáticos, o ódio e o preconceito ganham espaço como armas para atrair atenção.
Um dos exemplos mais recentes é o deputado federal Sargento Gonçalves (PL), figura conhecida no Rio Grande do Norte por sua postura controversa e por priorizar temas irrelevantes para sua reeleição. Em uma tentativa explícita de viralizar, ele divulgou um vídeo curtinho recheado de homofobia, explorando a suposta polêmica da seleção brasileira jogar com a camisa vermelha.
No vídeo, Gonçalves ironiza homens que trocariam a tradicional amarelinha pela camisa vermelha, associando a cor ao PT e usando uma legenda carregada de preconceito: “homem que vai trocar a amarelinha pela camisa vermelha do PT”. A cena mostra um homem vestindo vermelho dançando ao som da drag queen Pabllo Vittar, símbolo da luta LGBTQIA+ no Brasil, reforçando o tom discriminatório da mensagem.
O deputado ainda faz um gesto que lembra o personagem mafioso “Pote”, da série “Rainha do Sul”, interpretado pela brasileira Alice Braga, numa tentativa de parecer carismático, mas que acaba reforçando a imagem de quem aposta no grotesco para se destacar.
Quando o político se torna um personagem do ódio
Na esteira do bolsonarismo, que tem como uma de suas marcas o discurso de ódio e a provocação, Sargento Gonçalves se destaca como um dos políticos mais inúteis e controversos do Rio Grande do Norte. Sua fama não vem de projetos para melhorar a vida dos cidadãos, mas de episódios como o protagonizado durante a posse de Donald Trump, além das postagens homofóbicas que espalham preconceito e alimentam a intolerância.
Esse tipo de atitude da parte de um representante público é um triste reflexo do que a política virou: um palco para o entretenimento baseado no ódio, onde o respeito e a luta por direitos são deixados de lado em prol de visibilidade fácil e efêmera.
Resistência e representatividade como resposta
Para a comunidade LGBTQIA+, especialmente diante de ataques como esse, é fundamental manter a resistência e fortalecer a representatividade. O preconceito explícito do deputado não deve silenciar vozes que lutam por igualdade e respeito. Ao contrário, serve para reforçar a importância de ocuparem espaços políticos e sociais, mostrando que a diversidade é força e que o amor sempre vencerá o ódio.
Sargento Gonçalves pode apostar no discurso homofóbico para chamar a atenção, mas a comunidade LGBTQIA+ e seus aliados seguem firmes na construção de um Brasil mais justo, inclusivo e livre de preconceitos.
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