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Deputado Jean Wyllys diz que Comissão presidida por Feliciano é “igreja de fundamentalistas”

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) se irritou e protestou nesta semana sobre o destaque da mídia à votação que ocorreu na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM), presidida pelo pastor e deputado Marco Feliciano, que votou a favor de um plebiscito sobre o casamento gay.
 
“Hoje boa parte da imprensa e muitos ativistas caíram novamente na habitual armadilha do atual presidente da CDHM. Em relação à boa parte da imprensa, não há espanto, já que ela vive de ‘notícias’ (embora algum critério jornalístico deveria existir para distinguir fatos relevantes de factóides); mas, em relação aos muitos ativistas, espanta-me como eles não aprendem com experiências passadas!”, escreveu o deputado em sua página no Twitter e no Facebook.
 
Sem citar o nome de Marco Feliciano, cuja figura faz de tudo para se manter na mídia através de polêmicas relacionadas à comunidade gay, Jean Wyllys mostrou sua indignação aos projetos aprovados pela CDHM, que batem de frente às conquistas do meio LGBT. 

“No dia da Consciência Negra, o presidente da CDHM não fez qualquer menção à data e aprovou em meia hora (meia hora!) três projetos que atentam contra a dignidade e os direitos de LGBTs. Ora, é óbvio que a intenção é ganhar espaço na imprensa e atrair a atenção nas redes sociais”, declarou o deputado. 

 
Segundo o parlamentar, a melhor maneira de combater os impropérios de Feliciano é ignorar suas ações que, em sua definição, referem-se as de um político “inoperante, incompetente e improdutivo”.  

“Recusei-me a falar com a imprensa sobre a aprovação porque não vou jogar mais holofotes sobre o vendilhão nem sobre a comissão que ele preside, hoje deslegitimada e desrespeitada aqui dentro e fora”, pontuou. 
 

Jean Wyllys alertou ainda sobre o destino dos três recentes projetos aprovados pela comissão, incluindo o plebiscito sobre o casamento gay, que deveriam ser motivos de deboches e não de preocupação ou histeria. “A provação nessa comissão [CDHM] não significa que os projetos já entrarão em vigor a partir de amanhã (a histeria nas redes parte dessa ideia equivocada!)”.
 
“Os tais projetos irão para outras duas comissões antes se ir a plenário. Jamais serão aprovados nessas outras duas comissões!”, ressaltou o deputado. 
 
Por fim, Wyllys reafirma o seu posicionamento sobre a situação em que se encontra a Comissão de Direitos Humanos. “A tal CDHM hoje é uma igreja de fundamentalistas. Nada que venha de lá deve ser levado a sério”, concluiu. 
 

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