Adultos LGBT nos Estados Unidos continuam a enfrentar desafios significativos relacionados à saúde e discriminação, segundo uma pesquisa recente da KFF sobre Racismo, Discriminação e Saúde. Esta análise revela que esses adultos são mais propensos do que seus pares não-LGBT a experimentar tratamentos injustos tanto em suas vidas cotidianas quanto no acesso aos cuidados de saúde.
Cerca de 65% dos adultos LGBT relataram ter enfrentado discriminação ao menos algumas vezes no último ano em situações diárias, como receber um serviço inferior em restaurantes ou lojas, ou ser alvo de comportamentos que indicam medo ou desdém por sua inteligência. Este número é significativamente maior em comparação com 40% dos adultos não-LGBT que relataram experiências semelhantes.
No contexto de cuidados de saúde, os adultos LGBT são duas vezes mais propensos a relatar experiências negativas com profissionais de saúde nos últimos três anos. Cerca de 33% mencionaram ter sido tratados injustamente ou com desrespeito, contra apenas 15% dos adultos não-LGBT. Além disso, adultos LGBT com rendas mais baixas e mais jovens relatam maior frequência de tratamento injusto ou desrespeitoso por provedores de saúde.
Essas experiências de discriminação estão diretamente relacionadas a piores resultados de saúde mental. Adultos LGBT que enfrentaram discriminação reportaram taxas mais altas de ansiedade, solidão e depressão. A pesquisa destaca a importância de redes de apoio locais fortes, que podem atenuar alguns desses desafios de saúde mental.
Em termos de cuidados de saúde mental, quase metade dos adultos LGBT indicou que houve momentos nos últimos três anos em que precisaram de serviços de saúde mental, mas não os receberam, frequentemente devido a questões de acessibilidade e custo. Essa taxa é mais que o dobro da relatada por adultos não-LGBT.
Outro aspecto alarmante é a prevalência de desafios habitacionais entre os adultos LGBT, com uma em cada cinco pessoas relatando experiências pessoais de desabrigamento, uma proporção duas vezes maior do que a observada em adultos não-LGBT. A situação é ainda mais grave entre adultos LGBT negros e de baixa renda.
Estes dados ilustram a urgente necessidade de políticas que abordem as determinantes sociais da saúde, treinamento de provedores em não discriminação, e o combate ao isolamento social para melhorar o bem-estar dos adultos LGBT nos EUA. A implementação de políticas federais eficazes é crucial, dado o cenário variado de acesso e proteção em nível estadual.