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“Desafios e Avanços: A Luta da Comunidade LGBTQIA+ no Nepal por Direitos e Representação”

"Desafios e Avanços: A Luta da Comunidade LGBTQIA+ no Nepal por Direitos e Representação"
"Desafios e Avanços: A Luta da Comunidade LGBTQIA+ no Nepal por Direitos e Representação"

No dia 4 de fevereiro de 2025, ocorreu uma discussão promovida pelo Kathmandu Post sobre os direitos da comunidade LGBTQIA+ no Nepal, onde ativistas que representam essa comunidade abordaram as barreiras que enfrentam para acessar seus direitos e a representação da mídia em relação a questões queer. Durante o evento, moderado por Aarati Ray, especialistas enfatizaram que, apesar das reformas constitucionais e judiciais, a comunidade LGBTQIA+ ainda enfrenta desafios significativos no acesso a direitos básicos e serviços.

Petter Rai, ativista trans e coordenador de programas da Blue Diamond Society, destacou que a interseccionalidade dentro da comunidade queer está sendo reconhecida, o que é um avanço positivo. No entanto, ele também expressou preocupação com a definição de casamento na legislação civil, que ainda considera a união apenas entre um homem e uma mulher. “Estamos lutando para mudar essa definição para refletir que é uma união entre duas pessoas”, afirmou.

Badri Pun, presidente do Inclusive Forum Nepal, mencionou que dados de 2022 mostraram que a população de minorias sexuais e de gênero no Nepal representa apenas 0,01% da população total, o que evidencia a falta de reconhecimento e representação adequados na pesquisa nacional.

Pratichhya Chapagain, uma mulher lésbica cega e membro da Rainbow Disability of Nepal, destacou que, embora a obtenção de reconhecimentos legais para o casamento entre pessoas do mesmo sexo seja um passo importante, a implementação ainda é insuficiente. “Em termos de ativismo e advocacy, o Nepal fez alguns progressos, mas ainda é superficial”, afirmou, enfatizando a necessidade de inclusão da interseccionalidade nas políticas públicas.

Honey Maharjan, secretário da Samarpan Savya Samaj Nepal, compartilhou sua experiência ao concorrer ao cargo de prefeito em Kirtipur, observando um aumento na aceitação queer, mas ressaltou a necessidade de uma representação mais robusta nas decisões políticas.

Bimala Gurung, funcionária de programas na Mitini Nepal, expressou satisfação com o processo de registro de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas alertou que ainda faltam direitos plenos relacionados a propriedade e adoção.

Anmol Rai, ativista trans e vencedora do Miss Pink Nepal 2024, levantou preocupações sobre os cuidados de saúde para pessoas trans e os desafios financeiros associados ao acesso a terapias hormonais e cirurgias de afirmação de gênero.

Chhesang Ghising, oficial de programas do Queer Youth Group, falou sobre a falta de banheiros adequados para pessoas trans como um obstáculo à sua segurança e bem-estar.

Finalmente, Birat Bijay Ojha, ativista queer, destacou que, embora a representação na mídia tenha melhorado, ainda é necessária uma abordagem mais sensível e informada, especialmente no que diz respeito à representação de personagens queer por atores queer.

A discussão ressaltou a importância de uma representação autêntica e inclusiva na mídia e a necessidade de políticas que atendam às especificidades da comunidade LGBTQIA+ no Nepal.

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