Como você se descobriu lésbica pela 1ª vez?
Ok, pergunta chavão.
Respostas nem tanto.
Juntando nomes fictícios à respostas sur(reais), coloco abaixo algumas historinhas já ouvidas, que fogem do “me apaixonei pela professora, pela amiga, pelo autorama do meu irmão, pela Jodie Foster(sorry, gosto pessoal!), fui instrutora de empinação de pipa, construtora de carrinho de rolimã, abria computadores…”
Bom, segue abaixo! (caprichei nos nomes fictícios, pq adoro nomes fictícios). Também dei uma pequena floreada nas historinhas, confesso.
VALENTINA
“Eu tinha 15 anos e um namorado cabeludo, maconheiro e lindo. Já estávamos 4 meses juntos e ele me convidou para jantar em sua casa, e conhecer sua mãe.
Lembro que mesmo depois de virar dois copos de guaraná num gole só e ganhar 5 cutucões debaixo da mesa, eu continuava boquiaberta, sem piscar, quando a sogra mais perfeita do universo falou: ‘o que você vai querer, querida: penne ao molho branco ou alcachofra recheada?’ Foi a deixa pra me apaixonar. E a 1ª vez que comi alcachofra”.
ARIEL, AOS 18
“Então, eu não sou lésbica, eu sou bi.”
OLÍMPIA
“Foi quando, brincando de médica aos 9 com a minha prima, disse que meu coração ficava embaixo do umbigo; ela acreditou e começou a examinar. Naquele dia, este mesmo coração saiu de lá e foi parar imediatamente na boca.”
ARIEL, AOS 26
“Acho que já respondi essa pergunta de como eu me descobri…
O que? Se eu continuo saindo com mulheres? Bom, na verdade, faz um bom tempo que não saio com homens…”
CORA
“Com 21 anos ganhei o J.J. de presente. Comecei a usar, gostar e me viciar pecadoramente por ele. Tinha um namorado na época, que comecei a rejeitar, pois o J.J. já me bastava e eu ficava bem felizinha na hora que quisesse. Até que num domingo, acabou a pilha do J.J. e eu, naquela situação, fui pedir pilhas à vizinha, assim como quem pede açúcar.
Ela não tinha pilhas, mas me deu uma mãozinha”.
BRÍGIDA
“Na 1ª vez que me vi no espelho”.
ARIEL, AOS 34
“Porra! Essa pergunta de novo??!! Que? Que homem o quê, caralho! Eu sou casada com a Pietra, a mulher da minha vida!”
GUTA
“Eu era super esportista na minha adolescência e na parede do meu quarto colecionava medalhas de futsal, basquete, hand, frescobol. Não era ligada em namorar ninguém, não; meu lance mesmo era com a bola. Daí um dia, abri minha mochila e vi que tinha uma carta, meio melosa, de uma fã que só se identificou como “Doroty”. Eu não sou ligada em filme antigo, não, acho um saco, mas um camarada meu disse que quem tinha escrito aquela carta devia ser uma menina que usava sapatos vermelhos. Ele ainda tirou um sarro com a minha cara, cabaço! Bom, daí numa final de futsal com uma escola rival, levei uma rasteira que me deixou de quatro, de uma mina que usava chuteiras vermelhas. Percebi que tinha sido proposital, mas fiquei na minha, nem dei o troco na hora. Deixei pra depois…
Naquele mesmo dia, pendurei na parede minhas mais novas conquistas: a medalha de ouro do campeonato e a carta da Doroty.”