Menu

Conteúdo, informação e notícias LGBTQIA+

in

Desconstrução heterossexual

Não se trata apenas de dizer: "Vamos acabar com as categorias sexuais, pois, elas são positivistas e nos encerram em gavetas". Primário demais. Mas, é dessa maneira que muitas pessoas gostam de criticar os estudos do gênero que se dão a partir dos anos 80 nos Estado Unidos, mais conhecidos como Teoria Queer.

Trata-se de uma crítica e proposta filosófica de transformação do status quo em que estamos afundados. É pensar concretamente um mundo e instituições sem categorias/ normas/ orientação sexual, que até o momento tem servido para alimentar a discussão clínica.

A desconstrução da sociedade heterossexual enquanto norma naturalizante não servirá apenas às pessoas ligadas às sexualidades não reprodutoras, mas também aquelas que foram dogmatizadas a terem nascido para construir família. É a libertação do sujeito em si.

Também não se trata apenas do mundo sexual e sim do político. Há pessoas que acreditam que a questão do patriarcado e do patrimonialismo afetam apenas a questão das sexualidades. O sistema político, que também é regido pela ideologia heterossexual reprodutora patriarcal, se encontra no balaio da crítica queer. Vislumbrar a desconstrução das normas HT é também um projeto político com fins de acabar com a concentração de poder, que é o patriarcado.

Pra fechar, cito a frase da filósofa Beatriz Preciado, que em poucas palavras sintetiza a ideia: "Criaram as categorias heterossexual e homossexual para naturalizar os heterossexuais e patologizar os homossexuais".

Quem trava debate semelhante e com profundidade é o sociólogo e especialista em Teoria Queer, Richard Miskolci, que recentemente disponibilizou o artigo "Não somos, queremos", que fala da questão Identitário X Queer.  Você pode ler aqui.

Sair da versão mobile