O que esperar quando Mike Reiss, um dos gênios por trás dos Simpsons, se mete a fazer um desenho animado que tem como personagem principal um pato gay chamado de Queer Duck? A resposta é: um desenho que definitivamente não é nem um pouco politicamente correto ( personagens usam drogas e banalizam o sexo), mas que é divertidíssimo com muitas sacadas e tiradas ao universo homossexual. A história do filme gira em torno de Queer Duck, que tem música tema na voz da famosa drag Ru Paul, e seus amigos o Urso Bi Polar, o gato Oscar Wildcat e seu namorado o crocodilo Croco-Biba. Na trama, Queer Duck se cansa de ser gay e viver o preconceito da sociedade, e tenta virar hétero com a ajuda de um reverendo que afirma curar a homossexualidade, mesmo sendo necessário fazer uso de métodos nada científicos. O pato enfrenta até uma sessão terapêutica a lá “Laranja Mecânica” para tentar se curar, mas a tentativa é em vão, claro. A cena em que ele está no divã e conta a descoberta de sua homossexualidade é de rachar de rir. Muitos vão se identificar com o patinho gay. Num momento do filme o tal reverendo consegue capturar o pobre pato e o transformar no “Pato Espada”, um pato hétero machão que adora levar as mulheres (qualquer uma delas) para a cama. Para tal, ele utiliza uma “poção mágica” feita por ingredientes bem peculiares, como essência de macho italiano. Claro que tudo tem conserto e Barbra Streissend aparece no filme para fazer o patinho voltar ao normal – ser gay. E por falar em Barbra Streissend, ela não é a única celebridade a aparecer no longa animado. A islandesa Björk, Michael Jackson, Rock Hudson e Elizabeth Thaylor são algumas celebridades que dão os ares de suas graças e promovem as piadas mais realistas, e porque não, engraçadas. No DVD, que já pode ser encontrado facilmente para compra na internet, há ainda materiais especiais, contendo entrevistas com dubladores, desenhista, diretor e criador do Queer Duck. Há também curtas animados do pato em diversas situações: de um velório até um dia de babá do sobrinho. O episódio mais legal dos curtas é “O Urso Bi Polar e o buraco glorioso”. Imperdível.
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