Em São Francisco, um evento de Páscoa realizado no último domingo gerou polêmica e discussões em toda a comunidade. O desfile, organizado pelo grupo The Sisters of Perpetual Indulgence, conhecido por suas atuações provocativas e sua dedicação a causas LGBTQIA+, apresentou uma figura de “Jesus Drag Queen”, que se tornou o centro das atenções.
O grupo, que há décadas realiza eventos durante a Semana Santa, diz que o objetivo é questionar as normas religiosas e sociais através da arte e performance. A encenação deste ano ocorreu em um parque local, atraindo uma multidão diversificada, composta tanto por apoiadores quanto por críticos.
A figura de “Jesus Drag Queen” foi interpretada por um artista local, vestido com trajes que mesclavam simbolismos religiosos e elementos típicos de drag queens. A performance incluiu leituras de textos que promoviam inclusão e aceitação, ecoando os ensinamentos de amor e tolerância. No entanto, a representação gerou controvérsia, especialmente entre grupos conservadores, que consideraram a apresentação como uma falta de respeito às tradições cristãs.
Defensores do evento argumentam que a apresentação é uma forma de expressão artística e uma crítica às atitudes que ainda marginalizam a comunidade LGBTQIA+. Eles destacam que a inclusão e a diversidade são valores que devem ser celebrados e que o evento serve como uma plataforma para diálogo e compreensão.
A polícia local relatou que o evento transcorreu pacificamente, com medidas de segurança reforçadas para garantir que todos os participantes pudessem expressar suas opiniões sem incidentes. Enquanto o desfile continua a provocar debates, ele também serve como um lembrete das tensões que ainda existem entre tradição e modernidade, fé e direitos individuais.