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Desilusões nos Bastidores de um Reality Show de Namoro Queer

Na indústria do entretenimento, muitas vezes o que ocorre por trás das câmeras é tão dramático quanto o que é transmitido. Recentemente, a podcaster lésbica Jules Rach trouxe à tona uma história perturbadora sobre sua experiência em um reality show de namoro ainda inédito, revelando práticas preocupantes e uma falta de sensibilidade para com a comunidade queer e trans.

Rach foi convidada a participar do programa via redes sociais e informada de que deveria levar dois ex-parceiros consigo, para competir pelo amor de uma solteira. No entanto, ao chegar ao local das filmagens, ela percebeu que algo estava errado. “Notei outros concorrentes no hotel e me pareceu que eles eram heterossexuais”, disse ela. A desconfiança de Rach foi confirmada no dia seguinte, quando as gravações realmente começaram.

O reality, que prometia ser um ambiente acolhedor para pessoas queer, mostrou-se o contrário. Rach e seus ex-parceiros, ambos trans não binários, enfrentaram repetidas situações de desrespeito. “Os apresentadores nunca nos perguntaram nossos pronomes e começaram a usar os errados repetidamente”, relatou Rach. Quando ela tentou corrigir os apresentadores, a resposta foi de frustração e desculpas esfarrapadas, indicando que não se esforçariam para acertar.

Além da questão dos pronomes, houve incentivos para que os participantes consumissem álcool e gerassem conflitos entre si, algo que Rach e seus companheiros optaram por não fazer. Em um momento particularmente chocante, um dos apresentadores comparou seu desempenho sexual a um animal, fazendo uma piada inapropriada sobre consentimento, o que apenas contribuiu para o desconforto geral.

Essa experiência levou Rach a questionar a integridade e o propósito do programa, que parecia mais interessado em criar polêmicas do que em promover um ambiente respeitoso e divertido para todos os envolvidos. “Se esse programa realmente for ao ar, espero que as pessoas entendam meu comportamento e saibam que minhas reações foram justificadas diante das circunstâncias”, concluiu Rach.

Este relato é um lembrete sombrio de que, mesmo em 2024, a indústria do entretenimento ainda pode falhar miseravelmente em ser inclusiva e respeitosa, especialmente em formatos que prometem celebrar a diversidade.

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