Os shows públicos realizados durante a virada de 2024 para 2025 em várias capitais brasileiras geraram uma despesa impressionante de R$ 23,9 milhões, com destaque para artistas do gênero sertanejo, que dominaram a cena musical e os cachês pagos pelas prefeituras. Esse levantamento revela que os cachês de artistas como Ana Castela e a dupla Bruno & Marrone foram os mais altos, alcançando R$ 1,1 milhão cada. Ana Castela se apresentou em São Luís, no Maranhão, enquanto Bruno & Marrone se apresentaram em São Paulo, estabelecendo um novo padrão para os valores pagos a artistas no Brasil, que antes eram predominantemente dominados por Gusttavo Lima, cujos shows costumam ultrapassar R$ 1,2 milhão.
Entre outros artistas que também garantiram cachês elevados, estão Zé Neto e Cristiano, Jorge e Mateus, Wesley Safadão, Luan Santana e Belo, todos recebendo entre R$ 600 mil e R$ 804 mil por suas performances em diferentes cidades, principalmente em Salvador, que foi a capital que mais gastou, totalizando mais de R$ 11 milhões. São Paulo e São Luís também se destacaram, com gastos de R$ 3,2 milhões, enquanto outras cidades como Porto Alegre e Vitória também fizeram investimentos significativos, totalizando R$ 1,8 milhão e R$ 1 milhão, respectivamente.
Esses gastos refletem uma tendência crescente de normalização de cachês que ultrapassam R$ 1 milhão para shows públicos, algo que antes era visto apenas em eventos privados de grande porte. A legalidade desses gastos está prevista na lei das licitações, que permite a inexigibilidade em casos de apresentações artísticas. No entanto, a transparência sobre como esses recursos estão sendo utilizados é essencial, e cabe aos órgãos de controle, como o Ministério Público, fiscalizar se os valores pagos são justificados e adequados aos orçamentos das cidades. Essa nova dinâmica no mercado de apresentações musicais públicas pode impactar significativamente a forma como as festas de fim de ano são organizadas e financiadas no Brasil.
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