O primeiro e mais antigo "Museu do Sexo" do mundo vai completar 25 anos em Amsterdã, dando uma aula de história sobre a evolução da sexualidade. Os gays também são contemplados com uma área específica, em que o visitante encontra uma variedade de desenhos, fotografias e obras que celebram o corpo e o sexo entre homens.
A coleção exibe, por exemplo, a arte erótica do lendário Tom of Finland, como assinava o desenhista finlandês Touko Laaksonen (1920-1991), cujo estilo de retratar bofes másculos, rudes e agrestes, envolvidos em fetiches leather, sadomasô e situações de orgia, ainda hoje é copiado.
Destaques GLS visitou o museu e encontrou também trabalhos fotográficos antigos, ainda em preto e branco, que mostravam a beleza do nu masculino e a criatividade de algumas posições sexuais. Imagens de transgêneros e hermafroditas também completam o acervo.
Devido ao forte apelo de algumas cenas retratadas, o museu só permite a entrada de visitantes a partir dos 16 anos. Um dos pontos negativos da área GLS do local é a carência de obras de fotógrafos cultuados pelos gays como Robert Mapplethorpe (1946-1989), Herb Ritts (1952-2002), David LaChapelle, James Bidgood e a dupla Pierre & Gilles.
O material voltado para as lésbicas também é pobre, embora a nudez feminina seja dominante no museu. Na sala mais explícita, há fotos de mulheres nuas, trocando carícias com dotadões, reproduções datadas do começo da indústria pornográfica, no último século.
Esculturas, brinquedos e outros objetos eróticos, alguns da antiguidade grega e romana, também chamam atenção no lugar. O visitante é convidado a testar orelhões que emitem o som gravado de um diálogo picante.
Com funcionamento das 9h30 às 23h30, o "Museu do Sexo" está localizado na rua Damrak, nº 18, próxima da principal estação de trem da capital holandesa. O ingresso custa 3 euros (quase R$ 9).
* Sérgio Ripardo é jornalista e autor do "Guia GLS SP" (Publifolha). Fale com ele: http://sergio.ripardo.blog.uol.com.br/.
