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Desventuras em série no Motel I

As pessoas vivem dizendo que você é uma pessoa sortuda? Pois é, a mim eles dizem: só podia ter acontecido com você! Pior, além de passar os micos, eu conto! Resolvi escrever sobre minhas desventuras nos motéis e descobri que uma matéria só seria pouco. Sim, mico em motel não é mico, é gorila! E eu tenho um zôo.

A primeira vez a gente nunca esquece. Duas mulheres no carro, morrendo de vergonha, brigando para ver quem vai dirigindo. Decidido, muitas vezes na porrada, você pára com o carro na entrada do estabelecimento e vem aquela mulher perguntando: quarto standard, luxo, super luxo, suíte nupcial… E você e sua namorada só querendo sumir. Você ensaia uma de descolada: qual tem hidromassagem? Bom, eu sempre escolho o mais barato. A pergunta é só para descontrair.

Quando eu digo mais barato, não é o quarto mais barato, é o Motel mais barato! Do tipo 6 horas por treze reais. Não, a primeira vez você não vai nesse. Vai naquele de duas horas por vinte cinco. Aí depois vê que duas horas voam. Uma hora e meia de preliminares, vinte de sexo e aí você acaba nem assistindo ao canal erótico que você pagou! Voltemos ao de seis horas!

Se duas horas é pouco tempo, seis é muito. Mas eu paguei, só saio faltando dez minutos. Claro que passo antes no supermercado, compro bebidas, salgadinhos, chocolate e outras coisinhas. Lanchinho básico. Os programas da TV eram sempre os mesmos, já que a hora do Motel era sempre a mesma. Sim, entre um sexo e outro, sobrava tempo para ver televisão. Muitas vezes futebol! Daí sai minha primeira história…

Estava eu e minha ex no rala e rala, vuco-vuco, vulgo sexo, e num certo momento a boca dela foi parar num certo lugar que vocês, com essa imaginação fértil, devem já ter imaginado. Não, não sou passiva, para quem pensou. Sou total flex! Mas, enfim, nessa hora, estava ativamente passiva.

Dizem que a mulher é capaz de fazer duas coisas ao mesmo tempo. Eu acredito nisso piamente! Naquele momento de empolgação, de “pra frente Brasil, goza logo senão eu sufoco”, tinha que sair um gol. Não, não foi na cama, foi na televisão. E eu gritei! Gol, do São Paulo! Você viu quem marcou?

Não, ela não viu. Nem sabia que estava tendo jogo… Aliás, nem eu vi o final do vuco. Brochada geral. Zero a zero de boas. E cara fechada comigo! Achei injustiça, afinal, eu estava até gostando… Do sexo! Resumo da Ópera: o meu time ganhou e eu fiquei de escanteio assistindo Gugu até o final das seis horas. Vingança da ex! Bom, ao menos não gastei meu tempo procurando um hamster… Ah, ainda não contei isso? Essa é outra história!

* Kátia Bespalhok é jornalista, adora motéis e é nova colaboradora do Dykerama.com.

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