Na segunda-feira, uma mulher em Moscovo foi presa devido à publicação de um vídeo em redes sociais que remonta a 2011. Segundo informações do grupo independente de defesa dos direitos humanos OVD-Info, a detenção ocorreu em frente à sua residência, onde a polícia se apresentou de forma repentina. A mulher havia compartilhado um vídeo no VKontakte, uma popular rede social na Rússia e na Bielorrússia, que mostrava dois homens se beijando. Ela foi acusada de disseminar “propaganda LGBT” e levada para a delegacia para interrogatório. Após algum tempo, a mulher foi liberada, mas este incidente destaca a crescente repressão contra a comunidade LGBTQ+ na Rússia.
Desde novembro de 2023, quando a Suprema Corte da Rússia proibiu o movimento LGBT, as autoridades vêm intensificando a perseguição a ativistas e eventos relacionados. Clubes gays foram fechados, festas foram alvo de operações policiais, e processos legais foram instaurados contra ativistas do movimento. O símbolo da diversidade, a bandeira do arco-íris, foi oficialmente classificado como um símbolo extremista pelo governo russo. De acordo com a mídia independente Meduza, até o momento foram aplicadas multas que totalizam aproximadamente 30 milhões de rublos (cerca de 330 mil euros) por suposta “propaganda LGBT”. Essa situação representa um ambiente cada vez mais hostil para as minorias sexuais na Rússia, levantando preocupações sobre os direitos humanos e a liberdade de expressão no país.
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