A mulher transgênero Suzy Oliveira comoveu o Brasil ao aparecer em uma reportagem do Fantástico (TV Globo), apresentada por Drauzio Varella, em 1º de março.
Detenta na Penitenciária I José Parada Neto, em Guarulhos, na Grande São Paulo, Suzy contou com tristeza ao médico e comunicador que não recebe visitas “há sete, oito anos”. Varella reagiu abraçando-a.
Após a grande repercussão, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) divulgou o endereço para pessoas enviarem cartas e presentes para Suzy. Segundo o G1, até a última sexta-feira (6) ela já recebeu 234 correspondências – vindas de vários estados do Brasil.
O site conta também que foram enviados a detenta 16 livros, duas bíblias, maquiagens, chocolate, envelope e canetas. De acordo com a SAP, grupos religiosos também enviaram cartas a Suzy.
A mulher contou em entrevista a Varella que, além da solidão, “na cadeia você é obrigada a se prostituir por uma pasta de dente, um sabonete, um prato de comida”. Segundo a administração da penitenciária, Suzy recebe itens de higiene pessoal, bem como 75% de um salário mínimo em troca do trabalho que exerce no centro.
A reportagem do Fantástico mostra bem o poder da empatia em tempos brutos no Brasil – e que transfobia é assunto sério.
Veja a matéria no G1.