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Dia Mundial do Rock: Confira o universo gay dentro do estilo

O Dia Mundial do Rock é celebrado hoje, 13 de julho. Portanto, nada mais natural do que A Capa se debruçar sobre o assunto, com um viés LGBT, claro. O rock sempre foi um ritmo associado com força, peso, agressividade e testosterona – e por isso, ligado diretamente ao universo masculino. O que levou à conclusão – errônea – de que os gays não teriam vez nesse estilo, já que gay e masculino seriam duas coisas incompatíveis.

Mas desde os primórdios do rock diversos artistas provaram o contrário, mostrando que não apenas o rock tinha tudo a ver com a chama gay, como podia se fortalecer através dela. Assim, em seis décadas de existência – o rock nasceu oficialmente nos anos 1950, portanto há cerca de 60 anos -, muitos foram os roqueiros que flertaram, direta ou indiretamente, em maior ou menor grau, com o mundo gay. E muitos foram além, assumindo-se como gays de fato.

Confira a seguir os diversos ângulos do universo LGBT no rock.

Os Vocalistas
Muitas bandas importantes do rock acumularam milhares de fãs e esses nem imaginavam que seus maiores ídolos, vocalistas de tais bandas, eram gays. Exemplos: Freddie Mercury no Queen, Rob Halford no Judas Priest…

Os Bissexuais
Outros vocalistas se caracterizavam como bissexuais, assumindo isso ou não. Nesse quesito, encaixam-se: Robert Plant do Led Zeppelin, David Lee Roth do Van Halen e até Mick Jagger, dos Rolling Stones. Mick teve caso, inclusive, com outro bissexual famoso do rock: David Bowie (foto).

Os Assumidos
No terreno dos assumidos, vale destacar: Morrissey (ex-vocalista dos Smiths, depois seguiu em carreira solo), Johnny Marr (ex-guitarrista dos Smiths), Michael Stipe (vocalista do R.E.M.) e o rei de todas: Mister Elton John. Ainda: o cantor George Michael e o recém-assumido Ricky Martin – embora ele não seja propriamente um roqueiro.

Os Enrustidos
No setor dos enrustidos, surgem roqueiros mais antigos, que até se casaram e tiveram filhos, mas há quem jure que eles eram, no fundo, gays: Little Richard nos anos 50, Gary Glitter nos anos 70…

Os Doidões
Entre os malucos de plantão, sempre turbinados por aditivos químicos, surgem ícones dos anos 70, como Iggy Pop e Lou Reed. Ambos tiveram casos com David Bowie e Lou Reed chegou a viver casado, durante alguns anos, com uma travesti.

As Pintosas
Apesar dos preconceitos e machismos, o rock sempre favoreceu a bichice purpurinada. Assim, nasceu o glitter rock ou glam rock, que nos anos 70 deu origem a bandas cujos integrantes homens adoravam se maquiar, vestir brilhos e paetês e soltar a franga no palco – mesmo que não fossem gays de fato. Exemplos: T.Rex, New York Dolls, Roxy Music e, num segundo momento, mais pesado, o Kiss.

Já nos anos 80, esse filão foi parar no heavy metal, com bandas cujos integrantes viviam trajando calças justas de couro colorido, sem falar nos cabelões de Barbie. São elas: Poison, Skid Row, Aerosmith…

Os Oitentistas
Também nos anos 80, algumas bandas de rock-pop e new wave tiveram à frente vocalistas ou integrantes que eram naturalmente gays, sem muito alarde. Entre elas: Erasure e o vocalista Andy Bell, Human League e o vocalista Philip Oakey e o campeão B-52’s, que teve três gays no elenco – o vocalista Fred Schneider, o guitarrista Ricky Wilson (falecido por Aids em 85) e o baterista Keith Strickland. E claro, os inesquecíveis Pet Shop Boys Neil Tennant e Chris Lowe.

Os Brasileiros
No Brasil, sempre tão enrustido, a lembrança acaba indo para os mais óbvios: Cazuza, primeiro liderando o Barão Vermelho e depois em carreira solo; Renato Russo, o eterno líder da Legião Urbana; e Cássia Eller, artista de MPB mas com total identificação ao mundo do rock.

Ironicamente, os três morreram cedo – Cazuza e Renato, vítimas da Aids, e Cássia após uma overdose. O sobrevivente acaba sendo Ney Matogrosso – artista de MPB mas que começou a carreira na banda Secos & Molhados, de bastante ligação com o rock.

As Lésbicas
No mundo das bolachas, o terreno é fértil: as cantoras K.D. Lang e Melissa Etheridge, a roqueira Joan Jett, as meninas do L7…

Os Novos Andróginos
Nos anos 90, num resgate à androginia roqueira dos 70, surgiram bandas repletas de lamê, como o Placebo de Brian Molko e o Suede de Brett Anderson. Entre outras, claro.

O Futuro
Na safra mais atual, surgida de dez anos para cá, aparecem representantes de peso, como a banda Scissor Sisters e seu vocalista Jake Shears, o cantor Mika – que se define como bissexual -, os cantores fofos Chris Garneau e Jay Brannan, os pintosos Anthony – da Anthony and the Johnsons – e Rufus Wainwright, e por aí vai. Façam suas apostas!

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