Um software capaz de identificar a sexualidade de um usuário no Facebook. Essa é a promessa dos jovens estudantes do Instituto de Tecnologica de Massachussets (MIT), Carter Jernigan e Behram Mistree.
O projeto “Gaydar”, como foi apelidado, baseia-se nas conexões entre os usuários para revelar informações sobre a orientação sexual da pessoa em análise.
Embora o estudo não tenha sido publicado em nenhum jornal científico, os resultados levantam uma polêmica há muito conhecida dos internautas: até onde sua privacidade pode ser preservada no cyber espaço?
“Esse programa destrói toda uma perspectiva existente sobre prudência e tecnologia, que visava dar controle para as pessoas sobre suas próprias informações, exatamente porque mostra que as pessoas não têm controle sobre suas informações”, afirma o professor de computação do MIT, Hal Abelson em entrevista para o jornal The Boston Globe.
O projeto dos estudantes trabalhou apenas com dados de membros de grupos do MIT no Facebook e com três campos de informações que as pessoas normalmente preenchem na rede social: gênero, a categoria “interessado em” e as listas de amigos.
A partir de dados inseridos no software, análises estatísticas revelavam, por exemplo, que a maioria dos homens homossexuais tinha proporcionalmente mais amigos gays do que héteros. Assim, o software conseguiu prever a sexualidade de mais de 900 homens que não haviam preenchido esta informação no Facebook. Como os pesquisadores não puderam confirmar cientificamente seus resultados, eles se basearam em conhecimentos pessoais sobre alguns nomes da lista para averiguar a precisão dos resultados.
O software, porém, foi incapaz de identificar as mulheres lésbicas e os bissexuais.
Fonte: Terra