O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediu a presidente Dilma Rousseff que saia do armário. "Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau", declarou o parlamentar ao questionar uma campanha de combate a homofobia nas escolas.
Alfredo Sirkis, deputado federal do PV pelo Rio de Janeiro, disse que a atitude de Bolsonaro representa quebra de decoro parlamentar. "O que nós ouvimos aqui hoje foi um discurso que, se entendi direito, faltou com o decoro parlamentar ao fazer insinuações a respeito da própria presidente da República, quando acho que a opção (sic) sexual de qualquer ser humano deputado, é uma questão de foro íntimo", disse Sirkis.
Ao tomar conhecimento das declarações de Jair Bolsonaro, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) foi a tribuna do Senado pedir medidas "enérgicas" ao presidente da Câmara dos Deputados Federais, Marco Maia (PT-RS), pois, no entender da senadora, há quebra de decoro parlamentar.
"Eu não sei nem o que dizer de tão absurdo. Além de repetir (declarações homofóbicas), ele deu um passo além. Como mãe, mulher, senadora e vice-presidente desta Casa, peço ao presidente Marco Maia que tome providência enérgica. É preciso dar um freio de arrumação, houve falta de decoro parlamentar. Ele tem ofendido pessoas, cidadãos comuns e, agora, a própria presidenta da República", protestou Marta Suplicy.