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Dilma Roousseff é reeleita presidente; qual será o futuro dos LGBT para os quatro anos?

Em uma disputa acirrada, Dilma Rousseff (PT) recebeu 51,64% dos votos e foi reeleita a Presidente do Brasil nesse domingo (26). O candidato derrotado Aécio Neves (PSDB) teve 48,36% dos votos.

Mas o que os LGBT brasileiros poderão esperar da velha presidenta que prometeu "melhorar" em seu mais novo mandato?

Poucos minutos após a vitória, Dilma desanimou alguns atentos à pauta da diversidade. Tudo porque em seu primeiro discurso a candidata falou sobre reforma política, plebiscitos e mencionou as mulheres e os negros. Só voltou a se esquecer – assim como fez em quatro anos – de mencionar os LGBT, a quem pediu apoio, votos e fez promessas para o segundo mandato.

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O novo esquecimento é uma boa oportunidade para reavaliar a palavra-chave para os próximos quatro anos. Deixar o apático "esperar" e passar a adotar as palavras "fiscalizar", "cobrar" e "permanecer em alerta". Fiscalizar cada promessa de campanha e os políticos pró-LGBT, bem como o deputado federal Jean Wyllys (PSOL), que apoiaram com unhas e dentes a reeleição da presidenta.

Fiscalizar, sobretudo, a criação e aprovação de um projeto de lei que visa finalmente a criminalização da homofobia. Tal compromisso foi listado como o número "1" da campanha do PT divulgada nas redes sociais sobre "direitos LGBT" nas últimas semanas. Com mais de 1.170 mortes de violência LGBTfóbica, ele é visto como forma de combater todas as violências praticadas contra a diversidade.

Outra promessa é a de reconhecer a identidade de gênero, bem como o nome social, de travestis e mulheres transexuais nos programas federais. Apesar de não falar sobre o projeto de lei João Nery, que dá o direito de a pessoa trans ser tratada com respeito em todos os lugares, a candidata declara ainda que pretende criar um canal de denúncia no governo federal para fiscalizar descumprimentos.

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Dilma se comprometeu ainda a defender o Estado laico, deixando como eixo das políticas públicas os direitos humanos. Além de expandir programas de saúde integral para LGBT, realizar um diagnóstico sobre a situação de pessoas LGBT no mercado de trabalho e fortalecer os espaços de interlocução com os movimentos sociais.

Apesar do primeiro tropeço e da nova omissão, há esperanças. Dilma se pronunciou recentemente pela primeira vez ser a favor da criminalização da homofobia – inclusive em encontro na ONU.

E em seu discurso, novamente como presidenta, fez uma declaração que pode mudar os rumos do país: "Algumas vezes na história, resultados mais apertados [em eleições] produziram mudanças mais rápidas que vitórias amplas, e é essa a minha certeza do que vai acontecer no Brasil a partir de agora". Assim esperamos, quer dizer, iremos fiscalizar.

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