Durante o discurso de posse do segundo mandato na quinta-feira (1), a presidente Dilma Rousseff acrescentou de maneira discreta a palavra "sexualidade", referindo-se às diferentes orientações sexuais, para falar sobre um Brasil com direitos igualitários. E dividiu a opinião de membros da comunidade LGBT.
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Na fala, Dilma disse: "Um país (…) onde todas as pessoas podem ter os mesmos direitos: à liberdade de informação e de opinião, à cultura, ao consumo, à dignidade, à igualdade independente de raça, credo, gênero ou sexualidade".
Para muitos militantes que se manifestaram nas redes sociais, discurso é um passo importante, pois difere do pronunciamento de 2011, no primeiro mandato, quando a presidente simplesmente ignorou a questão. Mas para outros, ainda está aquém do esperado, uma vez que a presidente investiu no grupo durante a segunda campanha e até prometeu verbalmente lutar pela criminalização da homofobia.
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL), por exemplo, afirmou que o discurso de Dilma foi "surpreendente e emocionante". "Gostei de sua disposição em colocar seu governo – em parceria com os demais poderes da república (em especial o Legislativo), com os movimentos sociais e demais brasileiras e brasileiros – na tarefa de (…) promover os direitos de todas e todos sem que "a raça, o gênero ou as sexualidades" se tornem empecilhos para tal. Anotei tudo para cobrar ponto por ponto em minha atuação (oposição de esquerda) na próxima legislatura!".
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Já o militante Gustavo Don pontuou a ausência das palavras "orientação sexual", "identidade de gênero" e "LBGT". "Fomos invisibilizados (…) Disse sobre educação de qualidade, destacando para negros e as mulheres, mas não lembrou das LGBT, principalmente da juventude que sofre diariamente com violências nas escolas por preconceito. No parlatório, novamente disse sobre igualdade e contra discriminações, porém só lembrou das pessoas pobres, negras e mulheres. LGBT nada".
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