O resultado do referendo na Venezuela foi comemorado por muitos, principalmente por quem considerava a proposta do presidente Hugo Chávez demais personalista e temia uma ditadura naquele País latino-americano – uma das alterações dizia respeito à reeleição indefinida para presidente.
Mas a rejeição às mudanças na constituição venezuelana significou que propostas para reconhecer e proteger o cidadão gay, por exemplo, também foram postas de lado.
“Aos eleitores foram apresentados dois pacotes de mudanças. O segundo incluía regras a fim de garantir direitos gays, tornando a orientação sexual uma das categorias protegidas pelos direitos humanos na constituição”, ressaltou o jornalista Antonio Fabrizio, em artigo para o site PinkNews.co.uk.
Analistas políticos em todo o mundo, continua o artigo, afirmavam que algumas das mudanças propostas, como a proteção dos GLBT, a redução na carga horário de trabalho, de 8 para 6 horas, e os conselhos comunais, nos quais os habitantes poderiam escolher como o governo deveria gastar as verbas, eram medidas populistas com vistas a tornar Chávez um ditador perpétuo.
Em setembro passado, Chavéz negou rumores sobre sua sexualidade. O periódico El Mundo, da Espanha, publicou matéria em que afirmou que já era amplamente conhecido que Chávez era gay.
O presidente venezuelano afirmou que não era gay, mas que não tinha nada contra os homossexuais. Ele disse ainda que seria macho suficiente para provar o contrário.