O recente discurso de Javier Milei em Davos gerou um forte repúdio entre a comunidade LGBT e aliados, devido ao seu tom homofóbico e às declarações que atacam diretamente um dos grupos mais vulneráveis da sociedade. O militante Leo Grosso, em um artigo contundente, critica a fala de Milei, ressaltando a necessidade de não normalizar ou justificar tal discurso, que perpetua a discriminação e o preconceito. Grosso menciona que, como um homem gay casado e pai, ele se sente pessoalmente afetado pelas palavras de Milei, que não apenas atacam a comunidade LGBT, mas também ignoram dados alarmantes sobre a violência contra crianças e adolescentes, a maioria das quais é perpetrada por homens heterossexuais.
Grosso, que também é um defensor do feminismo e da ecologia, argumenta que a luta contra a homofobia e a defesa dos direitos LGBT não são apenas questões pessoais, mas sim uma questão política que deve ser enfrentada através da organização e resistência. Ele evoca a história do movimento LGBT na Argentina, desde a fundação da primeira organização homossexual em 1963 até a conquista do casamento igualitário, destacando que esses direitos foram conquistados por meio de luta e resistência.
O autor conclui que a verdadeira batalha não está apenas em defender os direitos conquistados, mas em unir esforços para enfrentá-los, enfatizando a importância da ação coletiva e da mobilização da sociedade para derrotar discursos fascistas e políticas que ameaçam os direitos humanos. A chamada à ação é clara: não basta indignar-se nas redes sociais; é preciso agir e lutar para garantir que os direitos da comunidade LGBT sejam respeitados e protegidos em um cenário político que se torna cada vez mais hostil.
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