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Divã: O que define o amor?

São tantas perguntas que envolvem o tema “amor” que às vezes imaginamos que o melhor seja não dar ouvidos a nada nem ninguém e simplesmente nos entregar a esse sentimento que move a vida.

As perguntas acabam por surgir mesmo quando nosso pensamento ou ação é de total entrega. As dúvidas aparecem exatamente porque não temos certeza se essa entrega será a garantia para a felicidade no relacionamento.

Muitas pessoas entram em relacionamentos que não correspondem ao imaginado e acabam se envolvendo porque acreditam que o verdadeiro amor e a felicidade estão na resignação, ou seja, na anulação de si mesmo em prol da vontade do outro e na aceitação deste mesmo outro, que muitas vezes é manipulador e egoísta.

Por que chegamos muitas vezes a esse ponto? Porque geralmente a forma como aprendemos o amor está ligada a essas respostas que esse outro nos dá. Se vivemos o amor como uma entrega que nos vitimiza é porque aprendemos que através dessa vitimização é que existimos; se percebemos o amor como um jogo, é porque talvez somente através da inferiorização é que conseguimos exercer nossa humanidade.

Esse é apenas um exemplo de representação de amor. Existem vários tipos de relacionamentos que, aos olhos de quem não está dentro da situação, podem parecer terríveis ou caóticos. Porém, quando estamos vivendo tais situações, por um tempo a resignação e a aceitação do outro (como no exemplo citado) pode não mais nos trazer aquela sensação de felicidade – é aí neste ponto que temos o dever de procurar ajuda profissional, afinal, o que nos faz mal não pode ser amor, não é mesmo?

A forma como fomos criados e ensinados a perceber o que é o amor vai nos influenciar pela vida afora. Muitas vezes esse aprendizado não foi dos melhores, não por culpa de nossos pais, mas porque eles também são fruto de um ciclo de grandes equívocos com relação ao assunto.

A intenção aqui, com este pequeno texto, é mostrar que não precisamos continuar a fazer parte deste ciclo de vivências atrapalhadas, pois a partir do momento que tomamos consciência de nosso papel diante da vida e que percebemos que fomos agraciados com o livre arbítrio, podemos mudar nossos rumos e fazer nossos pequenos mundos interiores muito mais felizes.

E o que é o amor então? Um sentimento que nos proporciona: prazer, conforto, segurança e alegria de viver, dentro de tantos outros adjetivos maravilhosos que cabe a cada um de nós descobrir.

Beijos e até a próxima!

Regina Claudia Izabela é psicóloga e psicoterapeuta. E-mail para contato: claudia@dykerama.com.

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