Escrever para este blog é muito prazeroso para mim por uma série de razões, mas sei que é impossível agradar a todos, por isso sigo uma única linha: a do meu coração. Senti a necessidade de escrever algo sobre a diversidade, não só a sexual, mas no sentido mais amplo da palavra. Tenho aprendido muito ultimamente, através da convivência com diversos tipos de pessoas no meu trabalho, na minha família, na família da minha mulher, nas ruas e na internet. Uma das pessoas que mais me ajudou no trabalho, quando eu tinha acabado de entrar, é evangélica de carteirinha. Respeito seus ideais, tenho um carinho muito grande por ela e ela me respeita também. Não deixamos nossas crenças interferirem na amizade e na boa convivência, mas isso ainda é raro de acontecer.
Faço projeção astral e comecei a encontrar pessoas (no astral) que estão dispostas a me ensinar algumas coisas importantes com relação à bioenergia, cura, entre outras coisas. Não tenho como provar isso e nem tentarei convencer ninguém a crer que foi real ou que isso é bom. Cada um com suas próprias experiências, mas muito do que escrevo vem do que tenho aprendido nessas vivências. Em outros tempos provavelmente eu iria para a fogueira ou teria que entrar para alguma sociedade secreta esotérica. Hoje as coisas mudaram, mas nem tanto assim, principalmente em relação à orientação sexual.
Recentemente ouvi de uma colega de trabalho que tem dois filhos, que é inteligente, e tem amigos gays, que o máximo que ela suportará é um filho metrossexual, mais do que isso NÃO. Ela estava preocupada com o interesse do filho pela escova de cabelo dela! Disse que o menino ficou todo encantado com os penteados que fizeram nele e agora pede sempre para ela fazer. Pensamentos medievais habitando seres incrivelmente capazes em todas as áreas. Pessoas carismáticas e famosas, falando absurdos em entrevistas. E uma legião de cegos (conscienciais) seguindo tudo isso em ritmo de festa.
Vi uma reportagem sobre uma tribo indígena, onde o pajé pediu, quase implorando por mais respeito pela mãe Terra. Eles são os guardiões do nosso planeta, da mata, dos animais e nós os julgamos (MUITO erroneamente) inferiores ou primitivos. Quem são os primitivos aqui? Eles, que respeitam a natureza, que tem consciência da importância desse equilíbrio entre os seres, que conhecem o poder das ervas medicinais e as usam com respeito, sabendo que a natureza nos fornece tudo que precisamos de graça, ou nós que engarrafamos as águas minerais, industrializamos alimentos e produzimos doenças e seus respectivos remédios e os vendemos mais e mais para acumularmos cada vez mais dinheiro e poder?
Abrir os olhos dói muito no começo, pois há tanto por fazer… Dalai Lama disse sabiamente que nunca entenderá essa humanidade, pois perdemos a saúde para juntar dinheiro, depois perdemos o dinheiro para recuperar a saúde. Vivemos pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acabamos por nao viver nem o presente, nem o futuro. Vivemos como se nunca fossemos morrer e morremos como se nunca tivessemos vivido.
Não sou contra o dinheiro e o capitalismo, só não gosto quando a ganância fala mais alto que o coração. Não entendo quando os pais (des)educam os filhos a seguir a carreira que dá mais dinheiro e não o que amam fazer. Não gosto de pensar que a Parada Gay muitas vezes só é tolerada por movimentar grandes quantias de dinheiro no município.
E é tão fácil mudar esse cenário. Livros de auto-ajuda nunca foram tão vendidos, mas parece que todos eles esqueceram da parte que ensina a amar aos outros, a praticar mais o altruísmo, a ter tolerância com as diferenças. Muita gente só se interessa em aprender a SE respeitar, a SE amar, a SE impor, a SE dar bem e a falar o novo mantra genérico “FODA-SE”, popularmente indicado para todos os males. Vamos mudar?
Uma dica: TUDO vem de dentro para fora, inclusive essa mudança que queremos ver no mundo. Plante você também essa semente que plantaram em mim, em outras pessoas e com atitude. E lembre-se: nas perdas, nas portas fechadas e nos tombos, nunca perca a lição. 🙂
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