Há cerca de três anos, uma Deejay foi apresentada à cena do Rio. E, quando essa baixinha assumiu os pick-ups, revelou seu tribal original, pesado e de qualidade. Tocando nos principais clubes do Rio, Patricinha Tribal hoje está fazendo sucesso também fora da Cidade Maravilhosa e até fora do país. Confira em entrevista exclusiva um pouco mais da carreira dessa DJ e suas últimas incríveis experiências. A CAPA – Você começou sua carreira em Volta Redonda. Exatamente quando, como e onde exercia sua carreira na cidade? Minha carreira deu início em 1993, logo depois de fazer um curso para DJs com o ainda DJ Robinho, hoje conhecido nacionalmente como DJ Robix. Trabalhei por cinco anos num bar-boate como residente, que hoje ainda está em funcionamento, o Auebar. A CAPA – Até que veio ao Rio de Janeiro e estourou… Como foi sua vinda ao Rio e quem lhe abriu as portas para entrar no mercado daqui? De lá para cá, foram muitas cidades até chegar à Cidade Maravilhosa. Conheci o Arli, DJ residente da La Girl, e foi meu primeiro contato no Rio. Entreguei a ele uma demo, ficamos amigos e logo o convite de tocar na Le Boy. A CAPA – Qual foi a sua primeira grande oportunidade na cena gay carioca, a primeira apresentação em grande público? Minha primeira oportunidade foi em um réveillon na Le Boy, que é hoje uma das minhas maiores referências. Agradeço aos amigos Ricardo Rodrigues. Arli acabou passando a demo para ele e na época o Ricardo queria uma mulher para fazer parte do line-up de réveillon. Entrei e não saí mais. A CAPA – Já percebemos o carinho existente entre você e o DJ Robix, além do estilo e técnica similares exercida entre vocês dois. Em sua opinião, qual a importância dele em sua carreira e vida pessoal? Estamos juntos na mesma profissão, ele tem que correr e eu também, não dá para ficar esperando um fazer pelo outro. Somos presenteados diariamente em poder tocar juntos e gozar nossa amizade (já se vão 15 anos…). Admiro sua técnica e feeling na hora de mixar. A CAPA – Na edição da X Demente da parada gay de 2006 foi anunciado que na pista 2 teríamos DJ Robix e Patricinha Tribal. Acabou que a PISTA 2 foi a sensação da festa, desbancando o DJ gringo e esvaziando a pista principal. Como foi tal acontecimento? Você esperava por isso? Estávamos conscientes que teríamos uma batalha pela frente, que era tocar numa label como a X. Aliviamos nossas tensões e o resultado foi nossa pista bombada, presente de Deus! Já não é de hoje que nossos DJs “brasucas” estão surpreendendo. A CAPA – Em março do ano passado, os adoradores do tribal e de festas raves conferiram o Chemical Music Festival, o festival de todas as tribos, em que você tocava em uma tenda. E quem conferiu garante ter sido mágico, inesquecível. Como foi essa experiência? Experiência única e que irá se repetir agora em março. Acho que todo DJ deveria ter esse dia mágico. Isso fica para sempre… Agradecimentos H.C. A CAPA – E ultimamente Florianópolis tem conhecido seu trabalho. Além de ter tocado no dia 30 de dezembro na Concorde, você está voltando à cidade para tocar no carnaval. Como é tocar para o público de Floripa? Alguma surpresa ou acontecimento inesperado? Quando saio da minha cidade peço muita luz e que eu consiga, com minha música, fazer o melhor do meu trabalho. Seja Floripa, Rio, ou qualquer outra cidade, outro público e novos desafios me aguçam… Tem dado certo! Estar voltando para Floripa é resultado positivo e acredito que vai ser incrível. A CAPA – Por que o apelido Tribal? Quem a apelidou e por quê? Tribal veio por conta do som diferente que eu fazia ainda em Volta Redonda. Quando cheguei ao Rio, não quis mudar, e foi ficando, ficando… A CAPA – Alguns a acusam de ter um som pesado e impróprio para se abrir uma pista. Você concorda com isso? Não sei… Há tempos não abro uma pista. Da próxima vez, vou observar. A CAPA – O que vem faltando na cena do Rio, em sua opinião? O que falta não sei. O que eu sei é que temos produtores competentes para fazer do Rio a melhor noite do Brasil. A CAPA – Alguma novidade ou projeto futuro que pode nos adiantar? Novidade foi ser convidada para fazer mais uma vez parte do line-up do Chemical Music. Futuro é dar continuidade ao projeto cariocadjs.com e seguir viajando e viajando…