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Doce carta de amor à Madonna

Ao ler e reler minha crítica na Folha Online sobre “Hard Candy”, o mais novo álbum da toda-poderosa Madonna lançado no último dia 28 de abril, percebo que agora, após ouvir o disco dezenas de vezes, fico em dúvida se peguei pesado demais.

Não que a opinião geral tenha mudado totalmente desde então, mas hoje vejo que não é tarefa das mais fáceis analisar novas músicas da Madonna quando se ouve o CD –ou mp3– apenas uma vez. Sim, para escrever a critica, tive apenas uma audição, em Alphaville, com um grupo de jornalistas, e that’s it!

Candy Galore

Ao ouvir repetidamente algumas faixas de “Hard Candy”, agora, é até mais fácil entender seu nome, já que o pop chiclete com sabores de hip-hop, baladinhas românticas e “oitentosas” explorado no trabalho gruda no cérebro de uma forma inexplicável.

Músicas que haviam passado batidas e outras que perderam a força na quinta vez que ouvi formaram um novo conceito sobre o álbum e, talvez, sobre toda a trajetória de Magdesty.

Simply The Best

“Miles Away”, “Heartbeat”, “Give It 2 Me”, “Dance 2night”, “Candy Shop”, a “nova” versão de “Beat Goes On” e o primeiro single “4 Minutes”, são definitivamente as melhores faixas do disco –as duas últimas em menor grau.

Outras faixas do disco, como “Voices”, “She’s Not Me” ou ainda a simbólica e quase Eminemiana “Devil Wouldn’t Recognize You” até funcionam, porém, não valem o álbum. Todas pecam por muita pretensão ou pela falta de um ar mais madonnístico na melodia.

Bittersweet

Mesmo revendo minhas primeira opiniões, algo que permaneceu imutável foram as duas músicas que realmente não –não, não, não!– gostei: “Spanish Lessons”, uma palhaçada bilíngüe e desprendida de qualquer senso musical, e “Incredible”, pop lentinho e repetitivo que se transforma em reggaton mal produzido no meio.

Não é à toa

Desta forma, vejo que o balanço geral de “Hard Candy”, hoje, é positivo, bem mais do que no dia da crítica. Porém, a afirmação vem de um quase mantra de todo fã,, com um correto argumento: Madonna é Madonna e isto não é à toa.

Midiática

Muito além do lançamento de seu novo álbum, Madonna também acaba de reformular seu site, repleto de imagens de sua carreira e nada mais, nada menos, que 33 videoclipes de toda sua história, passando por várias idades, looks e sonoridades.

Pouco tempo atrás, a diva e mãe de Lourdes, Rocco e Banda também fez seu primeiro curta-metragem, “Filth and Wisdom”, estrelado pelo genial Eugene Hütz, ator de “Uma Vida Iluminada” e líder do projeto musical Gogol Bordello, banda que acompanhou Madonna no Live Earth ano passado.

Vale lembrar ainda que Madonna também já lançou livros infantis, fez um selo fashion em parceria com a rede de lojas internacionais “H&M”, foi atriz de filmes que, ainda que não muito elogiados pela critica, deram o que falar no mercado e encabeçou uma série de ideologias e filosofias de liberdade de expressão humana e artística.

Sugar Sugar

Assim, fica fácil entender porque Madonna é sempre Madonna e ainda que algumas faixas de seu novo álbum –ou o trabalho completo– não saiam como o esperado, sua aura criativa vai muito mais longe. Sim, Madge, sua genialidade é sempre bem-vinda e seus deslizes ou equívocos sempre serão perdoados. Doce vida para você!

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