Gislene, sócia do Boteco Ouzar, bar lésbico localizado no Ipiranga, em SP, e a garçonete Vanessa, que trabalha no estabelecimento, registraram uma denúncia de agressão contra policiais militares na 17ª DP na última terça-feira, dia 22. As informações são do site gay1.
Segundo depoimento das vítimas, elas estavam bebendo cerveja em uma loja de conveniência na madrugada de terça quando a abordagem dos PMs ocorreu.
“Após fecharmos o bar, fomos, como temos feito em algumas segundas, com nossas garçonetes e amigas, conversar e tomar cerveja no posto que tem uma loja de conveniência, na avenida Nazaré, em frente ao Centro Universitário São Camilo”, contou Drica Gentile, uma das proprietários do bar.
“Estávamos em um grupo de 12 pessoas”, continua o relato. “Às 7h30, uma parte do grupo, inclusive eu, saiu de carona com uma das meninas”. De acordo com as vítimas, um policial em uma viatura abordou Gislene, Vanessa e Gi (outra sócia do Ouzar) aos gritos, mandando que se levantassem.
Ao perguntar ao PM qual o motivo daquela ação, Gi afirmou que foi agarrada pelos cabelos e levou um tapa. O policial disse então que o motivo de ele estar ali é que elas estavam “se esfregando”.
Após a chegada de outras viaturas ao local, prosseguem as vítimas, elas foram encaminhadas a um BPM (Batalhão da Polícia Militar), onde foram coagidas e tiveram detalhes da queixa ignorados pelo delegado de plantão.
As vítimas disseram ao gay1 ainda que só foram encaminhadas para fazer exame de corpo de delito às 11h da manhã, depois de um telefonema da Corregedoria das policias Civil e Militar, onde registraram uma denúncia contra os policiais.
A apuração do caso seguirá os tramites legais.