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Dosando o sexo

Segunda-feira tive mais uma alegria, além do videozinho do Philipe, que está no outro post. Uma amiga, pente fino daqueles, finalmente leu o CAMA KING SIZE. Aí mandou mensagem tecendo altos elogios, o que, confesso, foi uma surpresa. Ela é uma das pessoas que mais respeito intelectualmente e temia um pouco a sua reação, uma vez que escrevo meio "de ouvido". Embora escritor profissional, com pretensão ao sucesso estrondoso, não sou pretensioso quanto à minha obra, o que fica claro inclusive no fato de não gostar dessa denominação, "obra". Cair nas suas boas graças foi algo como um salvo conduto, uma segurança maior quanto ao que estou fazendo.

Na sua avaliação, outro aspecto interessante. Dentre todas as questões do livro, a que menos a seduziu foram as cenas de sexo. Em outro post, já comentei sobre a surpresa de perceber que mulheres hétero se excitam com dois homens se pegando, da mesma forma, essa já tradicionalíssima, que homens hétero se excitam ao ver, ou ler, transa entre duas mulheres. Para ela, o caráter libertador como a sexualidade é tratada no texto foi mais instigante que as trepadas em si. Ficou mais seduzida pela militância presente do que propriamente pelas cenas.

Agora faço um paralelo, citando um leitor comentarista, que postou hoje numa das comunidades do Orkut: "o conto em si tá ótimo, mas estou sentindo falta de cenas de sexo, espero que algumas apareçam logo, mesmo achando que ainda pode demorar. Finalmente os segredos do dê tão sendo revelados, adorei isso… tava me dando uma angústia mais uma vez, augusto superando expectativas com idealizações que outros poderiam considerar clichês aguardando uma continuação."

Bem, essa era realmente uma ideia neste novo livro, dosar um pouco as cenas de sexo. Como já comentei, às vezes até pra mim é difícil fazer isso, porque adoro escrever estes momentos, que modéstia a parte faço muito bem. Porém, com o aprimoramento do trabalho como literatura, fica claro que não tem como descrever tanto sexo sem de vez em quando ser repetitivo. É, gente, por mais criativo que seja o casal, não tem jeito de variar tanto no tema.

Ah, mas fica aqui um alerta para os leitores que admiram este lado do meu trabalho e que muitas vezes me leem pelo tesão: Não há o que se preocupar. Sexo e erotismo sempre estarão presentes nos meus textos e com aquela linguagem característica, que leva a gente a visualizar cada momento, como em uma grande tela de cinema.

Beijão! 

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