Em audiência sobre o 3º Plano Nacional de Direito Humanos, a senadora Fátima Cleide (PT – RO) saiu em defesa do capítulo que trata da livre orientação sexual, identidade de gênero e que requer apoio ao projeto de lei que visa legalizar a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Para defender a sua posição, a senadora usou o lutador e vencedor do Big Brother Brasil 10 como exemplo. Para Fátima, Marcelo Dourado é a "síntese da homofobia". Ela também revelou aos presentes que o participante Dicesar, que é drag queen, recebeu mais de 11 mil ameaças aos sair do confinamento.
"O Dourado expressa o machismo, a síntese do que é a homofobia. Aqui no congresso nós ouvimos pronunciamentos dizendo que não existe homofobia no Brasil. É preciso rever isso. Nós recebemos uma denúncia de que após a conclusão do programa, outro participante, o Dicesar, já recebeu cerca de 11 mil ameaças de morte via vários meios de comunicação como Orkut e Twitter".
Fatima Cleide disse que o congresso tem o dever de assumir a luta contra a homofobia. "As ameaças expressam o ódio que boa parte do país sente em relação aos homossexuais". Para a senadora "não é mais possível conviver com a omissão do legislativo". Cleide também disse que as pessoas (gays) não querem "casamento, matrimônio". "O que as pessoas esperam é ter reconhecimento da parceria civil".