No dia 24 de março de 2025, o Museu de Arte Leslie-Lohman foi palco de uma apresentação vibrante e inovadora de drag indígena, que reuniu quatro artistas incríveis: Aunty Tamara, Feather Talia, Randy River e Ritni Tears. Esta performance não foi apenas uma exibição de talento, mas também uma declaração poderosa sobre a identidade e a resistência das comunidades indígenas queer. Cada artista trouxe sua própria interpretação do drag, incorporando elementos tradicionais e contemporâneos em suas apresentações, que refletiram suas heranças culturais e experiências compartilhadas.
Randy River, por exemplo, não hesitou em criticar a mediocridade masculina ao realizar uma lip sync da banda Limp Bizkit, enquanto deslizava pela plateia com seus Heelys. Aunty Tamara, por sua vez, se destacou ao dançar com seus primos, utilizando uma peruca alta e saltos, trazendo uma fusão de tradições e modernidade. Ritni Tears, com seu traje de bodysuit exibindo um corpo musculoso, e Feather Talia, que encantou o público em um vestido tradicional, também foram destaques da noite. A performance de drag kings, Randy e Ritni, ao som do clássico R&B ‘Pony’ de Ginuwine, foi um momento memorável que fez o público vibrar.
Durante um painel de discussão que se seguiu ao show, um membro da plateia expressou um sentimento claro: “Foda-se Drag Race”, o que indica uma forte vontade de se afastar do mainstream e celebrar a autenticidade do drag indígena. Os artistas enfatizaram a importância de suas performances como uma forma de cura coletiva, abordando os traumas causados pelo colonialismo e celebrando a resiliência das identidades queer indígenas. Randy River comentou: “Estamos aqui para mostrar a diversidade do drag indígena e que, apesar das diferentes culturas e conhecimentos, compartilhamos experiências comuns de dor e superação.”
O evento foi uma colaboração entre o Museu de Arte Leslie-Lohman e o Instituto Cultural Finlandês em Nova York, além do Festival Riddu Riđđu, um festival internacional indígena que acontece na Noruega. Essa união de culturas e expressões artísticas reforça a importância do drag como uma forma de arte que transcende fronteiras, unindo as vozes dos mais vulneráveis dentro das comunidades queer e trans. Com performances que desafiam normas e celebram a diversidade, o drag indígena continua a ser uma forma poderosa de resistência e expressão cultural.
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