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Drag Queens de San Diego marcham por direitos trans em Hillcrest

Evento vibrante celebra a visibilidade trans e resiste aos ataques contra a comunidade LGBTQIA+

Drag Queens de San Diego marcham por direitos trans em Hillcrest

Evento vibrante celebra a visibilidade trans e resiste aos ataques contra a comunidade LGBTQIA+

Em uma tarde cheia de brilho, cores e muita luta, as drag queens de San Diego, na Califórnia, tomaram as ruas do bairro Hillcrest para defender os direitos da comunidade trans. A marcha, que reuniu centenas de pessoas, foi um grito de resistência diante dos ataques crescentes e das políticas que tentam apagar a existência e os direitos das pessoas trans.

Entre os participantes estava Chad Michaels, estrela local do “RuPaul’s Drag Race”, que desfilou com seus looks impecáveis pelas ruas do conhecido “gayborhood” da cidade, somando forças com outras rainhas e apoiadores para celebrar a diversidade e reforçar a importância da visibilidade trans no cenário LGBTQIA+.

Uma celebração necessária em meio à adversidade

Para a anfitriã do evento, a drag queen Sister Amanda Reckinwith, a marcha foi muito mais que uma festa: foi um ato de resistência e amor próprio. “Vivemos num mundo que tenta nos apagar, que diz que não contamos, que não merecemos. Mas aqui estamos, criando alegria e felicidade através da diversidade do nosso arco-íris”, afirmou, emocionada.

O evento teve como lema a proteção e o reconhecimento dos direitos trans, com cantos de apoio como “Protejam as bonecas” e “Direitos trans são direitos humanos”. A intenção era clara: mostrar que a comunidade trans precisa de segurança, respeito e acesso a direitos básicos, especialmente em um momento em que tantos enfrentam discriminação e leis retrógradas.

Visibilidade trans no centro da luta

O San Diego Drag March for Trans Rights, realizado pelo terceiro ano consecutivo durante o mês do Orgulho, destaca-se por colocar a comunidade trans no centro das atenções, diferente de outras celebrações que acabam por invisibilizar suas pautas específicas. Para Trevor Herbert, que carrega com orgulho a bandeira trans na marcha desde sua primeira edição, é fundamental que as vozes daqueles que não podem falar sejam ouvidas por meio dos aliados e da própria comunidade.

“Se você tem voz, é importante usá-la. Eu falo por mim e por quem não pode falar agora”, disse Trevor, emocionado, mostrando que a marcha é um espaço de fortalecimento para as pessoas trans e seus apoiadores.

Resistência contra retrocessos e exclusões

O contexto político atual é desafiador. Desde o início da administração Trump, a comunidade trans tem sofrido um intenso retrocesso de direitos, com executivos e legisladores negando sua existência e retirando proteções importantes. Entre as medidas mais dolorosas está a proibição de pessoas trans servirem nas forças armadas, um golpe que afeta diretamente milhares de indivíduos, inclusive em San Diego, onde Paulo Batista, analista de inteligência da Marinha, compartilhou sua dor e sua luta por reconhecimento.

Apesar das dificuldades, a marcha foi tomada por alegria, performances vibrantes e discursos emocionados, reafirmando que a luta trans continua firme e cheia de esperança. “Através da arte do drag, sabemos usar o humor e a alegria para resistir. Celebrar é resistência”, concluiu Sister Amanda Reckinwith.

Este evento em Hillcrest não foi apenas um desfile; foi uma poderosa manifestação de amor, orgulho e persistência da comunidade trans em San Diego, mostrando que, apesar dos ataques, ninguém será apagado, e a luta por direitos continuará cada vez mais forte.

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