Dois homens, de 26 e 24 anos, foram indiciados suspeitos de ameaçar pessoas LGBT em Teresina, Piauí. De acordo com a polícia, eles fazem apologia ao crime nas redes sociais e promovem homofobia entre os seguidores.
Em entrevista coletiva na Delegacia Geral da Capital, nessa terça-feira (5), o delegado Sebastião Escórcio declarou que a dupla usava perfis falsos em redes sociais e que disseminava frases como "Vai ter Morte", "Ela merece morrer".
Uma das ameaçadas é Marinalva Santana (foto), diretora do Grupo Matizes, voltado para a comunidade LGBT. "Eles são punks, eles negam o crime, mas quebramos o sigilo telefônico de uma pessoa e constatamos as ameaças", declarou o delegado.
+ Novo ataque em SP evidência falta de políticas públicas LGBT
"Na residência de um deles foram apreendidos três computadores e três celulares para saber se existe uma irmandade agindo no Piaí e se há alguma relação com os crimes cometidos contra o público LGBT", continuou Escórcio.
O delegado pondera dizendo que, apesar de a polícia saber do envolvimento dos jovens, ainda não sabe se outras ameaças partiram da dupla e diz que outras duas pessoas também estão sendo investigadas.
+ Juíza usa lei Maria da Penha para proteger homem homossexual
Marinalva afirmou que está decepcionada com o resultado da investigação: "Cinco meses e ainda não nos deu uma resposta definitiva. Estamos decepcionados com esse resultado, vamos continuar na luta contra os crimes homofóbicos. Vamos buscar apoio em entidades nacionais que também trabalham com esta temática".