O ator Bruno Gagliasso dedicou os minutos do seu discurso no Prêmio Contigo!, no qual ganhou na categoria de Melhor Ator pelo serial killer Edu na série Dupla Identidade, para pedir fim a censura aos beijos gays e ao retrocesso na televisão.
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Durante a cerimônia, que ocorreu na segunda-feira (8), o ator lembrou do veto que ocorreu com ele em América, em 2005, e na recente polêmica entre os beijos das personagens de Fernanda Montenegro e Nathália Timberg, em Babilônia, todas da TV Globo.
"Em 'América', vivi um personagem que se descobria homossexual. Fiz com tesão, porque sou movido a tesão, a paixão. Nessa novela gravamos um beijo gay e faltando uma hora para ir ao ar cortaram sem avisar aos atores. Fiquei muito triste porque me senti censurado. Quando teve a novela do Mateus Solano (Amor à Vida), fiquei torcendo muito porque achei que ia ser um grande passo para o Brasil. E agora faço uma novela com a Fernanda, vi um beijo gay e não vi mais. Isso me deixou muito triste", declarou.
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O ator frisou que escolheu a profissão pela vontade de transformar e que os artistas não podem dar passos para trás. "Vamos bater o pé. O desabafo é esse. Quero continuar fazendo o que eu faço para transformar, senão, vou deixar de fazer", declarou ele, que foi aplaudido de pé.
O ator Luis Miranda, que venceu o prêmio de melhor ator coadjuvante pela interpretação da transexual Dorothy, na novela Geração Brasil, da TV Globo, também falou sobre o momento conservador que os folhetins e o Brasil passa. "A gente está vivendo um momento de retrocesso, mas através da arte nós podemos transformar muita coisa", contou.
